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McDonald's acusada de levar franchisados a vender produtos mais caros
As autoridades da concorrência de França, Alemanha e Itália receberam denúncias de alegadas práticas anti-concorrenciais da multinacional de comida rápida. Em causa as condições estabelecidas com os franchisados que aumentam o preço final ao consumidor.
Entidades de três países europeus (França, Alemanha e Itália) apresentaram queixas junto das autoridades locais de concorrência contra a multinacional norte-americana McDonald’s por alegadas práticas anti-concorrenciais relacionadas com condições impostas aos seus franchisados.
De acordo com a Reuters, as entidades – entre as quais a associação de consumidores francesa Indecosa-CGT – manifestam preocupações com os termos e condições associados aos processos de franchising, que alegadamente obrigam os proprietários de lojas franchisadas a vender produtos mais caros do que os que são disponibilizados nas lojas detidas centralmente pela própria McDonald’s, penalizando assim os consumidores.
Na rede de lojas da multinacional, 80% dos estabelecimentos estão nas mãos de franchisados, empresários que asseguram a gestão das lojas através de um regime de cedência de marca e equipamentos.
A autoridade francesa da concorrência confirmou ter recebido uma queixa, mas não adiantou mais informação, enquanto as homólogas alemã e italiana não comentaram. Também a McDonald's não respondeu à Reuters.
O escritório de advogados alemão SKW Schwarz enviou uma queixa à autoridade germânica em que alega a existência de cláusulas excessivas nos contratos com franchisados, como a ligação entre os contratos de franchising a acordos de arrendamento e com fornecedores, bem como a prática de rendas excessivas.