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Topbrands investe 6 milhões em novas instalações para acompanhar "crescimento"
Novo espaço no Montijo vai ter uma área 700% superior à atual, localizada na Moita. A empresa portuguesa, que se inspira nos conceitos da "Flying Tiger" ou da "Ale-Hop", prevê faturar 10 milhões de euros em 2024, ano marcado pela estreia além-fronteiras em dose dupla.
A portuguesa Topbrands, que desenvolve produtos e marcas próprias adaptadas às sazonalidades que fornece grandes insígnias do retalho no país, vai investir 6 milhões de euros em novas instalações no Montijo.
A aposta foi pensada para dar resposta ao "franco crescimento" e às "necessidades logísticas" da empresa que oferece um catálogo com mais de 5.000 referências de artigos, que vão desde brinquedos e decorações para festas, a produtos para o lar, como pequenos eletrodomésticos ou acessórios para a cozinha, até ao têxtil ou ao mobiliário de jardim.
Em comunicado, enviado esta quarta-feira às redações, a Topbrands adianta que o novo espaço contará com 12 mil metros quadrados de área construída, representando um aumento de 700% em relação aos 1.500 das atuais instalações na Moita. A construção vai desenrolar-se em quatro fases, pelo que a mudança será feita de forma gradual ao longo dos próximos cincos, período durante o qual prevê criar 50 postos de trabalho diretos, alargando a equipa composta atualmente por 35 funcionários.
As novas instalações vão refletir o "compromisso firme com a sustentabilidade", diz , indicando que estarão equipadas com painéis solares, os quais vão "garantir a produção de energia renovável suficiente para cobrir 100% das suas necessidades elétricas" e que "o edifício será energeticamente eficiente tanto do ponto de vista elétrico quanto térmico", de modo a "contribuir para a redução da pegada ambiental da empresa".
Em paralelo, também a pensar em "melhorar a qualidade de vida dos colaboradores", estão projectados aproximadamente 15 mil metros quadrados de espaços verdes, que irão incluir áreas de lazer e de atividade física.
A Topbrands, que começou em 2018 como uma empresa de "sourcing" internacional, faturou 6,9 milhões de euros em 2023. E, este ano, espera chegar aos dois dígitos. "Concluímos o primeiro semestre com uma faturação de 3 milhões, o que nos dá ainda mais indicativos de que conseguiremos alcançar um volume de negócios de 10 milhões de euros até ao final deste ano", realça o CEO da Topbrands, João Saramago Tavares, citado na mesma nota.
"Temos um objetivo ambicioso de alcançar vendas 20 milhões de euros em 2026 e, para tal, a expansão internacional que arrancou este ano terá também um papel significativo", reforça.
A Topbrands fez uma dupla estreia além-fronteiras na Polónia e em Angola, como adiantou, em entrevista ao Negócios, em maio, o também proprietário e fundador da empresa que deu ainda conta de de que estavam no radar outros cinco mercados onde quer vender os seus produtos a retalhistas. Já em "casa" a aposta recai sobre a expansão das próprias lojas, tendo definido o objetivo de passar de duas para dez até ao final do ano.