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Sonae SGPS dá mais um passo na entrada do retalho em bolsa e "apresenta" a Sonae MC
“Líder incontestado no retalho alimentar em Portugal e uma oportunidade para obter exposição directa ao consumidor português”. É assim que a Sonae SGPS apresenta o negócio que quer colocar em bolsa.
A Sonae SGPS publicou uma apresentação da Sonae MC, a empresa que detém os activos de retalho e que será colocada em bolsa. "Líder incontestado no retalho alimentar em Portugal e uma oportunidade para obter exposição direta ao consumidor português", realça a empresa co-liderada por Paulo Azevedo e Angelo Paupério na apresentação publicada esta terça-feira, 5 de Junho, na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
No dia 21 de Maio, a empresa revelou o interesse na colocação em bolsa do portefólio de retalho, que inclui a Sonae MC, e a Sonae RP, a entidade que gere a propriedade imobiliária de retalho da Sonae. Um portefólio que, segundo estimativas do Haitong, terá um valor de mercado de 1,8 mil milhões de euros. Uma capitalização bolsista que, a confirmar-se, significará a nona maior empresa da bolsa de Lisboa.
Além disso, as perspectivas são de que o crescimento do comércio continua a registar ritmos significativos. O mercado português electrónico deverá crescer 11,8% ao ano até 2022. Já o comércio móvel deve expandir-se 22,4% ao ano, no mesmo período.
Nesta apresentação, a empresa elanca uma série de números. EBITDA, receitas e evolução do número de lojas até 2017 estão entre os dados revelados.
Mas um dos principais "trunfos" estará relacionado com o facto de "o mercado de retalho alimentar português ter uma taxa de penetração abaixo da média", estimando-se "que seja um dos mercados com maior crescimento na Europa", realça a Sonae.
A empresa diz que o crescimento médio anual das vendas no retalho alimentar em Portugal deverá rondar os 2,9% entre 2017 e 2022, uma taxa de crescimento só superado por Espanha (3,1%) entre os seis mercados apresentados (Reino Unido, Alemanha, França e Itália).
A Sonae apresenta a Sonae MC como uma "proposta de investimento sólida". Não só pela sua força no mercado, mas também pelo contexto económico favorável.