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Sonae fechou 14 lojas Worten em Espanha e promete reforçar online

O grupo português, que acumula perdas de 340 milhões de euros na Worten no país vizinho desde 2008, quando comprou a cadeia Boulanger, já só tem cerca de 35 lojas desta insígnia na Espanha continental, mas promete continuar a apoiar a sua operação espanhola.

Paulo Duarte
07 de Fevereiro de 2020 às 12:19
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O grupo liderado por Cláudia Azevedo garante que "a Worten continua comprometida com a sua operação em Espanha e continuará a desenvolver a sua estratégia e a honrar todos os seus compromissos, beneficiando do apoio e solidez de um acionista de referência que é a Sonae", garantiu ao Negócios fonte oficial da Worten.

"No último ano, a Worten iniciou a implementação de um plano de revitalização das suas operações em Espanha continental, com o objetivo de melhorar a sua rentabilidade", adiantou a cadeia de distribuição de eletrónica e de tecnologia.

 

Um plano que, explicou, "passa pela aposta num modelo omnicanal, que conjuga lojas físicas e online, bem como pela redução de outros custos operacionais".

 

Nesse sentido, a empresa afirma que "promoveu o crescimento dos canais digitais e o encerramento de 14 lojas físicas sem viabilidade económica no contexto competitivo atual", o que permitiu "desde logo melhorar a rentabilidade da operação, servindo mais clientes de forma mais eficiente", afiançou.

 

Após ter encerrado 14 lojas no país vizinho, no último ano, a Worten tem atualmente 35 em Espanha continental, a que soma 15 nas Canárias.

 

A reação da Worten surge após a publicação da notícia do jornal espanhol Cinco Dias a dar conta de um relatório da PwC em que a auditora alerta que a filial espanhola da marca da Sonae registou perdas de 26 milhões de euros em 2018, mais 23% do que no ano anterior, que soma aos "mais de 320 milhões de euros de perdas de anos anteriores".

 

Perdas acumuladas desde que adquiriu, em 2008, a antiga Boulanger, e que não conseguiu inverter na primeira metade do ano passado. De acordo com o mesmo relatório da PwC, os prejuízos "acumulados até ao primeiro semestre" do exercício de 2019 "reduziram o património para um valor inferior a metade do capital social".

 

Uma situação que, lembra auditor, coloca a empresa em risco de dissolução, apontando para a existência de uma "incerteza material" e "para dúvidas significativas"sobre a capacidade da empresa para continuar a operação.

 

O plano de negócios da Worten espanhola sinaliza o objetivo de atingir resultados operacionais positivos antes de impostos até 2021.



(Notícia atualizada às 12:21)

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