O grupo Sonae, que acaba de anunciar que fechou o ano de 2023 com lucros 357 milhões de euros, mais 6,4% do que no ano anterior, sinaliza que "a economia global enfrenta desafios decorrentes das tensões geopolíticas, preocupações climáticas e avanços tecnológicos".

"Por um lado, a atividade económica pode revelar algum abrandamento, com os bancos centrais a procurarem equilibrar o crescimento, com as preocupações em termos de sustentabilidade e inflação. Por outro lado, a tecnologia impulsiona a inovação e exige adaptabilidade", sublinha o grupo liderado por Cláudia Azevedo.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no capítulo das perspetivas futuras, a Sonae reconhece que "a política também terá um papel importante em 2024, uma vez que, após as eleições gerais em Portugal, teremos eleições para o Parlamento Europeu e para a Presidência dos EUA, todas com potencial impacto significativo nas perspetivas futuras dos nossos principais negócios", alerta.

Neste contexto desafiante, "flexibilidade, colaboração e uma abordagem voltada para o futuro são essenciais para navegar nas incertezas e aproveitar as oportunidades que surjam", considera.

Durante o ano de 2024, a Sonae frisa que estará "focada no crescimento, proporcionando às empresas do seu portefólio as condições para o seu sucesso nos respetivos mercados e integrando as empresas recém-adquiridas, nomeadamente a Musti, a BCF Life Sciences na Sparkfood e a Druni na MC", investimentos que, considera, "constituem passos importantes para a ambição da Sonae de construir um portefólio mais internacional e preparado para o futuro".

Relativamente aos seus negócios principais, a MC "continuará focada em consolidar a sua liderança no mercado português de retalho alimentar, através da expansão e remodelação do seu parque de lojas e oferecendo a melhor proposta de valor e os melhores produtos aos seus clientes", promete a Sonae.

Quanto ao segmento de saúde, bem-estar e beleza, o foco "estará em integrar com sucesso a Arenal e a Druni, posicionando a empresa para manter o seu perfil de crescimento atrativo e aproveitar as sinergias desta combinação".

Já Worten "continuará a impulsionar a sua estratégia omnicanal, tanto nos produtos como nos serviços, focando-se em acelerar a sua transformação digital e defender a sua posição de liderança de mercado".

Na Sierra, "os ativos prime deverão continuar a apresentar um bom desempenho, enquanto a empresa executa a sua estratégia, procurando iniciativas de gestão de ativos para impulsionar a criação de valor no seu portefólio de centros comerciais, para acelerar o crescimento na área de serviços em diferentes classes de ativos, enquanto executa e expande os seus projetos de desenvolvimentos", detalha a Sonae.

Quanto à Nos, a Sonae diz que esta empresa "deverá beneficiar dos fortes investimentos realizados nos últimos anos para continuar a atrair novos clientes, tanto no B2C como no B2B, e melhorar a sua posição de mercado em Portugal", enquanto a Bright Pixel, o braço de investimento em capital de risco do grupo, "continuará a gerir ativamente o seu portefólio de investimentos em empresas líderes em tecnologia de ponta".