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Saldos: Comerciantes de Lisboa e Porto estimam quebras até 30%
A época de saldos que hoje termina deverá ter registado quebras junto dos comerciantes de Lisboa e Porto na ordem dos 20 a 30% face a 2012, disseram à Lusa associações das duas cidades.
A presidente da União de Associações do Comércio e Serviços (UACS) de Lisboa, Carla Salsinha, ressalvou ainda não ter dados fechados para a época de saldos, mas que as quebras em termos homólogos face a 2011 deverão rondar entre 20 a 30% e atingir os vários sectores comerciais de forma transversal.
No Porto, o presidente da Associação de Comerciantes, Nuno Camilo, explicou que as perdas sentidas deverão ultrapassar 30%, em termos médios, o que se for somado "às quebras dos anos anteriores começa a ser bastante volumoso".
"Estamos numa situação de grande crise, mas principalmente de grande instabilidade e nas famílias, mesmo as que têm algum poder de compra, neste momento a palavra de ordem é travar o consumo a todos os níveis", afirmou Carla Salsinha.
De acordo com a dirigente da UACS, ainda que o vestuário seja o sector mais atingido "por tradição", as retracções estão a ser alargadas.
"As empresas não escoaram 'stocks' essencialmente porque há aquela questão: o que é que vai ser o vencimento das pessoas com os cortes que existiram? As pessoas têm vindo a reduzir drasticamente os consumos no que diz respeito ao comércio tradicional", lamentou Nuno Camilo.
Na terça-feira, o vice-presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, Vasco Mello, afirmou à Lusa que os saldos de inverno, que terminam hoje, "não correram nada bem", fruto do "grande abrandamento no consumo".