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H&M vai melhorar as condições nas fábricas asiáticas
A H&M vai implementar um programa para aumentar os salários dos funcionários nas fábricas asiáticas e melhorar as condições de trabalho nas mesmas. A empresa diz que as melhores condições vão aumentar a produtividade e acalmar as tensões na região.
A marca sueca de vestuário H&M vai melhorar as condições de trabalho dos funcionários de 68 fábricas em países como a China, o Cambodja e o Bangladesh, escreve a Bloomberg esta quarta-feira, dia 9 de Setembro.
Várias marcas de venda a retalho com fábricas na Ásia têm sido pressionadas para melhorarem as condições de trabalho e aumentarem os salários dos funcionários. A H&M, Hennes&Mauritz, vai implementar um programa de compensações mais generosas aos seus funcionários com vista a aumentar a produtividade, acalmar as tensões e combater a instabilidade nos países que produzem a maioria do seu vestuário.
A produção da H&M é feita 80% na Ásia e a marca quer melhorar as condições na região depois de, em 2013, um complexo de fábricas ter desabado no Bangladesh, matando mais de mil pessoas, e também depois de um protesto de trabalhadores das fábricas de vestuário no Cambodja ter provocado três mortos no ano passado.
A marca sueca, que tem 3649 lojas no mundo inteiro vai introduzir este método de aumento de salários em 68 fábricas na China, Camboja e Bangladesh até ao final do ano. Este plano permite também a representação dos funcionários através de sindicato.
A segunda maior vendedora de vestuário na Europa já testou o método em três fábricas no Camboja e Bangladesh em 2014. Segundo a marca, o absentismo decresceu e a taxa de retenção aumentou nestas três fábricas.
"Muitos dos tumultos e protestos que têm acontecido em países como o Camboja e o Bangladesh estão ligados à questão dos salários", disse Anna Gedda, do departamento de sustentabilidade da H&M, à Bloomberg.
A H&M diz que espera que este aumento de salário seja adoptado por todos os fabricantes na região até 2018.
"Não tem apenas a ver com a produtividade e preços", refere Anna Gedda. "Queremos criar um ambiente sustentável que promova a indústria têxtil".