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Contrafação em quatro setores custa 331 milhões em vendas em Portugal

A contrafação em apenas quatro setores custa anualmente 331 milhões de euros em vendas em Portugal, um valor que ascende a 19 mil milhões de euros no conjunto da UE.

DR
10 de Junho de 2020 às 13:49
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A contrafação de produtos de quatro setores custa a Portugal 331 milhões de euros em vendas anuais, refere um relatório publicado esta quarta-feira pelo Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO).

O documento aponta que no conjunto da União Europeia (UE) o rombo nas vendas destes setores – cosméticos e cuidados pessoais, produtos farmacêuticos, vinhos e bebidas espirituosas e brinquedos e jogos - ascende a 19 mil milhões de euros. A este montante acresce a perda de 15 mil milhões de euros pelos governos dos Estados-membros devido à "redução de impostos diretos e indiretos, bem como das contribuições sociais, que não são pagas pelos fabricantes ilegais".

O setor dos produtos cosméticos e de cuidados pessoais é o mais atingido pela contrafação, com as estimativas do EUIPO a indicarem que as perdas de vendas na UE aumentaram mais de 2,5 mil milhões de euros face à anterior análise, publicada em 2019.

No total, este setor perde anualmente 9,6 mil milhões de euros em vendas no conjunto da União, sendo que cerca de 14,1% das vendas destes produtos são de origem contrafeita.

Em Portugal, as perdas nos cosméticos e produtos de cuidados pessoais devido à contrafação pesa  19,8%, ou seja quase um quinto do volume de negócios, o que corresponde a 192 milhões de euros. Este valor aumentou em 47 milhões, ou 32,4%, face ao relatório de 2019.

No entanto, no relatório elaborado pelo EUIPO no ano passado a análise abrangia 11 setores, entre os quais o vestuário, que era aquele que tinha maior peso quer em Portugal quer na UE.

Em 2019, a contrafação no vestuário custava 653 milhões de euros em vendas em Portugal, mais de metade (56,9%) do total de 1.147 milhões de euros de perdas devido à contrafação. A nível europeu, o vestuário representava perdas na ordem dos 28,4 mil milhões de euros, 50,8% das perdas totais de 55,98 milhões de euros.

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