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Contrafação em quatro setores custa 331 milhões em vendas em Portugal
A contrafação em apenas quatro setores custa anualmente 331 milhões de euros em vendas em Portugal, um valor que ascende a 19 mil milhões de euros no conjunto da UE.
A contrafação de produtos de quatro setores custa a Portugal 331 milhões de euros em vendas anuais, refere um relatório publicado esta quarta-feira pelo Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO).
O documento aponta que no conjunto da União Europeia (UE) o rombo nas vendas destes setores – cosméticos e cuidados pessoais, produtos farmacêuticos, vinhos e bebidas espirituosas e brinquedos e jogos - ascende a 19 mil milhões de euros. A este montante acresce a perda de 15 mil milhões de euros pelos governos dos Estados-membros devido à "redução de impostos diretos e indiretos, bem como das contribuições sociais, que não são pagas pelos fabricantes ilegais".
No total, este setor perde anualmente 9,6 mil milhões de euros em vendas no conjunto da União, sendo que cerca de 14,1% das vendas destes produtos são de origem contrafeita.
Em Portugal, as perdas nos cosméticos e produtos de cuidados pessoais devido à contrafação pesa 19,8%, ou seja quase um quinto do volume de negócios, o que corresponde a 192 milhões de euros. Este valor aumentou em 47 milhões, ou 32,4%, face ao relatório de 2019.
No entanto, no relatório elaborado pelo EUIPO no ano passado a análise abrangia 11 setores, entre os quais o vestuário, que era aquele que tinha maior peso quer em Portugal quer na UE.
Em 2019, a contrafação no vestuário custava 653 milhões de euros em vendas em Portugal, mais de metade (56,9%) do total de 1.147 milhões de euros de perdas devido à contrafação. A nível europeu, o vestuário representava perdas na ordem dos 28,4 mil milhões de euros, 50,8% das perdas totais de 55,98 milhões de euros.