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Continente fica à porta dos clientes, entregas do Pingo Doce esgotam em Lisboa

As duas empresas retalhistas que dominam o mercado português já estão a sentir os efeitos do aumento da procura nas compras online e a adotar medidas práticas para evitar a propagação do coronavírus.

João Miguel Rodrigues
13 de Março de 2020 às 14:41
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O Continente Online está a comunicar aos clientes sobre a implementação de "limitações temporárias" ao serviço por causa da covid-19, como "as entregas ao domicílio [passarem] a ser efetuadas à porta do cliente, não havendo entrada de funcionários no local".

 

Também a recolha de sacos de plástico, no âmbito da política de reciclagem, não está a ser feita, garantindo a marca da Sonae MC que o valor será creditado no cartão de cliente como se tivesse sido efetuada a devolução total relativa à encomenda anterior.

 

Para "evitar o pagamento no ato da entrega", a insígnia está ainda a recomendar que as encomendas sejam pagas com cartão de crédito, MB Way ou PayPal. Ao Negócios, fonte oficial garantiu que "[tem] estado a mobilizar as equipas no sentido de dar a melhor resposta à maior afluência neste canal".

 

Como o Negócios noticiou na quinta-feira, 12 de março, com as filas a aumentar e as prateleiras a esvaziar nos supermercados, os portugueses estão a procurar alternativas nas encomendas virtuais. Os retalhistas estão a reforçar as equipas para este canal, mas também a avisar os clientes para a demora nas entregas.

 

É o que está a fazer também o Mercadão, "marketplace" que assegura as vendas do Pingo Doce através da Internet, que está a informar os clientes de que as entregas em Lisboa estão esgotadas nos próximos sete dias devido à maior procura por compras online neste período e à "maior pressão motivada pela vontade de alguns consumidores reforçarem a sua despensa".

 

"Estamos a verificar um pico muito acentuado de procura no Mercadão, com os seguintes impactos: capacidade cheia para vários dias de entrega em algumas zonas, alguns atrasos pontuais e mais ruturas", lê-se numa mensagem publicada nesta plataforma, que está em funcionamento desde janeiro de 2018,

 

Além de Lisboa, a plataforma que tem como lojas de referência o Pingo Doce, The Body Shop, Ornimundo, LEV ou Science4You, está disponível em mais de uma dezena de outras localidades, como Porto, Braga, Guimarães, Póvoa de Varzim, Matosinhos, Maia, Vila Nova de Gaia, Coimbra, Oeiras, Amadora, Alverca, Odivelas, Loures, Cascais, Sintra, além da região algarvia.

 

Também o Intermarché, insígnia alimentar do Grupo Os Mosqueteiros, confirmou ao Negócios que "esta semana tem-se verificado um aumento nas vendas online", tal como nas lojas físicas, e que "nas compras online [tem] tido picos de procura e os clientes são avisados dos eventuais condicionalismos na entrega inerentes à situação atual".

O secretário de Estado da Defesa do Consumidor já garantiu que o país "não [está] em iminência de rutura de stocks, nomeadamente de géneros alimentícios mais essenciais". Sobre uma eventual limitação da quantidade de produtos por pessoa, João Torres admitiu que tem havido uma "procura inusitada", mas que há condições para repor os produtos em prateleira e, pelo menos por agora, "não há necessidade de estabelecer um número máximo" de artigos no carrinho de compras.

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