A directora de marketing da Conforama, Susana António, disse esta quarta-feira que "o compromisso com a região do Porto e Gaia é inabalável" e prometeu que "tudo será feito o mais rapidamente" que conseguirem "para que os dias voltem à normalidade" para os 40 funcionários que viram desaparecer o seu local de trabalho.

A loja e o armazém da empresa na freguesia da Afurada, em Vila Nova de Gaia, ficaram completamente destruídos esta madrugada na sequência de um incêndio, com causas ainda desconhecidas. Esta era uma das quatro unidades que a marca francesa detém em Portugal – as outras situam-se em Cascais, Amadora e Albufeira –, e que a direcção ibérica previa remodelar "até ao final de 2015".

Além desta remodelação, o plano de investimento de 20 milhões de euros para o triénio em solo nacional inclui ainda a abertura de seis novas lojas, estando previstas duas na Área Metropolitana de Lisboa, duas no Grande Porto, uma em Faro e outra na ilha da Madeira. O director-geral da Conforama Iberia, Manuel Estévez (na foto ao lado), adiantou ao Negócios que alguns dos novos locais já estão inclusive a ser negociados.

Esta manhã, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues anunciou que vai propor na próxima reunião do executivo, agendada para 17 de Fevereiro, a "isenção total de qualquer tipo de licenciamento" para o projecto de reconstrução da loja gaiense, que "espera que seja concretizável o mais rapidamente possível".

Dados informáticos estão protegidos

No que diz respeito à entrega de produtos aos clientes, Susana António assegurou, através de comunicado, que "tendo em conta a centralização dos serviços informáticos, toda a informação está salvaguardada". "Como tal, tudo se processará normalmente e as entregas serão realizadas no mais curto espaço de tempo possível. A prioridade agora é voltar ao trabalho", acrescentou.

A Conforama, criada em 1967 em Lyon, pertence desde 2011 à Steinhoff, que pagou 1,2 mil milhões de euros pela marca ao grupo Kering. Em Portugal, a meta do grupo de mobiliário e decoração passa por estar nos dois primeiros lugares em termos de vendas neste sector, disputando a liderança com a sueca IKEA e replicando assim a posição que a proprietária sul-africana tem no mundo.