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Comércio e serviços em "risco" de serem "marginalizados" no PT2030 após "apoio residual" no PRR

CCP subscreve as pretensões" expressas, recentemente, por um conjunto de associações empresariais que reclamam, entre outros, a abertura de avisos de candidatura no âmbito do PT2030, desenhados especificamente para os desafios, especificidades e reais necessidades do comércio e serviços de proximidade.

Analistas consideram que retalho foi o mais oportunista.
Mariline Alves
24 de Outubro de 2023 às 13:21
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A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) juntou-se, esta terça-feira, ao coro de um conjunto de associações empresariais, que manifestaram "preocupações" relativas à "insuficiente aposta das políticas públicas" no comércio e em muitos serviços, alertando que, após terem tido um"apoio residual" no âmbito do PRR, estes setores arriscam ser "novamente marginalizados" no quadro do PT 2030.

Em comunicado, enviado esta terça-feira às redações, a CCP considera que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) dispõe de "um montante de apoios dirigidos ao setor do comércio e serviços claramente residual, quer face ao montante total do programa, quer face aos apoios dirigidos especificamente às empresas", e adverte, aliás, que existe um "risco significativo de estes setores serem novamente marginalizados do âmbito do PT 2030".

Neste contexto, o órgão liderado por João Vieira Lopes entende como "totalmente fundamentadas as pretensões" expressas, recentemente, por um conjunto de associações que reclamam a criação de um programa de apoio à modernização do comércio, com a maior brevidade possível, e a abertura de avisos de candidatura no âmbito do PT2030, desenhados especificamente para os desafios, especificidades e reais necessidades do comércio e serviços de proximidade.

"Estas pretensões vão aliás ao encontro das propostas apresentadas pela CCP ao Governo no contexto da definição de uma Agenda para a Competitividade do Comércio e dos Serviços, prevista no Acordo de Concertação Social de 2022 e reafirmada recentemente no contexto da concertação social", realça.

A CCP sustenta ser "inquestionável" que estes setores, "que pela sua dimensão dão um contributo significativo para a economia e o emprego, têm passado por profundas transformações e estão confrontados com significativos desafios, nomeadamente o da transição digital", mas carecem de "apoios efetivos".

O alerta para a falta de apoios efetivos ao comércio de proximidade conta na região norte com a AEVC - Associação Empresarial de Viana do Castelo e a AEB – (Associação Empresarial de Braga) e com as associações empresariais da região de Coimbra (ACIFF – Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, Associação Empresarial Regional, AESL (Associação Empresarial da Serra da Lousã, ACIBA (Associação Comercial e Industrial da Bairrada e Aguieira), AEDP (Associação Empresarial de Poiares), CEMC ( Clube de Empresários de Miranda do Corvo), APBC – Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, NEP – Núcleo Empresarial de Penela, AEMIRA – Associação Empresarial de Mira, AEPS – Associação Empresarial de Pampilhosa da Serra).
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