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UBS e Deutsche Bank anunciam novas lideranças para uma "nova era" na banca

Depois de anos de escândalos e processos judiciais pelo alegado incumprimento das regras bancárias europeias, o suíço UBS e o alemão Deutsche Bank vão "refrescar" as lideranças, à medida que os dois bancos dão sinais de viragem.

Reuters
22 de Novembro de 2021 às 10:01
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Dois dos maiores bancos europeus anunciaram recentemente que vão mudar as lideranças, numa tentativa de traçar um novo rumo depois de uma década debaixo dos holofotes nem sempre pelas melhores razões. É o caso do suíço UBS e do alemão Deutsche Bank, ambos alegadamente envolvidos em esquemas de lavagem de dinheiro e evasão fiscal. 

UBS anunciou este sábado que vai indicar o experiente banqueiro de Wall Street Colm Kelleher para chairman da instituição, substituindo Axel Weber no cargo.

Um dia antes, foi a vez do Deutsche Bank 
nomear o holândes Alexander Wynaendts, um outsider com experiência em seguros e banca, para próximo presidente. Alexander Wynaendts irá suceder a Paul Achleitner, que liderou o conselho de supervisão do banco alemão durante quase uma década.

Quer Axel Weber, do UBS, como Paul Achleitner, do Deutsche Bank, saem depois de os dois bancos terem passado por vários períodos de turbulência e se terem sentado inúmeras vezes na barra dos tribunais, por incumprimento das regras europeias. O banco suíço UBS foi, inclusive, condenado a pagar a multa mais pesada de sempre na banca (4.500 milhões de euros), em 2019, por lavagem de dinheiro e evasão fiscal. 

Agora, os maiores bancos da Suíça e da Alemanha querem "refrescar" as lideranças, à medida que dão sinais de viragem.

O UBS voltou a ter elevados níveis de rentabilidade e as suas ações foram negoaciadas a par com o valor contabilístico do seu património, sendo um dos poucos grandes bancos europeus a fazê-lo. Já o Deutsche Bank registou o seu primeiro lucro em seis anos e ainda negoceia com um desconto de 60% no seu valor contabilístico. 

Nesta nova fase, os dois bancos deram prioridade a novos executivos com uma vasta experiência na área da banca e seguros, e com um currículo onde constam também vários anos de atividade nos Estados Unidos, onde os executivos europeus têm vindo consistentemente a perder peso desde a crise financeira de 2008. 

Colm Kelleher e Alexander Wynaendts não deverão tomar posse antes da reunião anual de acionistas que deve acontecer na primavera, mas os dois bancos esperam que os novos membros integrem a equipa a tempo de assegurar uma transição tranquila na liderança.
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