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Teste de stress ao BCP com impacto menos negativo do que média europeia

O BCP foi sujeito a um teste de stress feito pelo BCE e o principal rácio CET1 deslizou quase 4 pontos percentuais para 9,14% no cenário adverso.

Bruno Colaço/Cofina
05 de Novembro de 2018 às 17:41
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O teste de stress feito ao Banco Comercial Português teve um impacto menos negativo do que na média europeia, sublinha a instituição financeira em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). 

 

"No caso do BCP, o CET1 'phased-in' situou-se em 9,14% no cenário adverso, um agravamento de 384 pontos base face ao final de 2017, comparando favoravelmente com o impacto negativo médio de 410 pontos base para os 48 maiores bancos testados pela EBA", indica o banco presidido por Miguel Maya.

 

No caso do rácio que mede o peso dos principais fundos próprios do BCP (CET 1), o rácio desceu para 9,14% no cenário adverso (onde as condições testadas são mais problemáticas do que no cenário base), o que, diz o banco, representa um agravamento de 384 pontos base, ou 3,84 pontos percentuais, face ao fecho de 2017. O CET 1, no fim do ano passado, estava em 13,4%. Isto no que diz respeito ao cálculo dos rácios segundo as normas aplicáveis actualmente ("phasing-in").

 

O impacto negativo médio nos bancos europeus sujeitos ao teste de stress feito pela EBA foi de 410 pontos base (4,1 pontos percentuais).

 

Também quando se analisa o rácio CET1, mas segundo as novas regras totalmente implementada ("fully implemented"), o BCP regista um desempenho melhor do que os pares. Em causa está um deslize de 300 pontos base, que o banco presidido por Miguel Maya ressalva ser inferior ao impacto médio de 395 pontos base nos 48 bancos analisados pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa). 

Na sexta-feira, foram divulgados os dados relativos ao exercício levado a cabo pela EBA, que inspeccionou o impacto de eventual turbulência em 48 grandes bancos. Além destas grandes entidades, o Banco Central Europeu levou a cabo um processo idêntico a outras instituições, como o BCP. O banco pediu autorização para divulgar os seus resultados, e essa autorização chegou segunda-feira. 

Foi também no mesmo dia que o BCP anunciou que o seu banco polaco, o Bank Millennium, vai crescer naquela geografia com a aquisição do Eurobank. E foi também esta segunda-feira que a assembleia-geral da instituição portuguesa, com os chineses da Fosun e os angolanos da Sonangol como principais accionistas, aprovaram as alterações contabilísticas que permitem ao banco ter condições para poder vir, em 2019, a pagar dividendos. 

 

(Notícia actualizada com mais informações às 18:02)

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