Vários sindicatos da banca vão negociar esta sexta-feira com a Associação Portuguesa de Bancos (APB) os aumentos salariais para este ano, colocando em cima da mesa uma reivindicação que se encontra bem acima do proposto pelos bancos.

"A proposta a ser debatida pelos sindicatos reivindica um aumento salarial de 2,72%, com base numa proposta tecnicamente fundamentada, refutando, assim, o que os bancos pretendem impor, na ordem dos 0,5%", refere o comunicado assinado pelo Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) e o Sindicato Independente da Banca (SIB).

Os sindicatos reclamam assim aumentos salariais cinco vezes superiores à proposta dos bancos. Isto numa altura em que a taxa de inflação em Portugal (média dos 12 meses até abril) se situa em 1%.

Além dos aumentos salariais, os sindicatos reivindicam ainda "a integração, no Acordo Coletivo de trabalho, de temas tão importantes como um regime de faltas mais generoso em caso de doenças oncológicas, crónicas e degenerativas; a reposição das promoções por antiguidade; as unidades móveis, realidade emergente; a possibilidade de os trabalhadores se fazerem acompanhar por advogado na fase de inquérito de processos disciplinares, entre outros".

A reunião entre sindicatos e a entidade liderada por Faria de Oliveira decorre a partir das 15:00 desta sexta-feira nas instalações da APB.

No final do ano passado, a Febase (que reúne os sindicatos bancários filiados na UGT) alcançou um acordo para aumentos salariais de 2018 entre 13,21% (para os salários mais baixos) e 0,25% (mas os salários mais elevados).