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Sindicatos da banca admitem greve após proposta "miserável" de aumentos de 0,2%

"Se os bancos não arrepiarem caminho, estarão a empurrar os bancários para formas de luta e terão de ter a resposta adequada", referem os sindicatos, considerando que não podem "excluir o recurso" à greve.

Paulo Marcos é o presidente do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários Miguel Baltazar/Negócios
21 de Fevereiro de 2020 às 18:59
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Os Sindicato dos Bancários do Norte (SBN), Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) e Sindicato Independente da Banca (SIB) consideraram hoje "miserável" e "insultuosa" a proposta dos bancos de aumentos de 0,2% e admitiram convocar greves.

Em comunicado de imprensa, as três estruturas disseram que os bancos recusaram todas as propostas sindicais e que propuseram 0,2% de aumentos salariais para este ano, considerando essa proposta "miserável", "insultuosa" e mesmo uma "humilhação" para os trabalhadores.

"Se os bancos não arrepiarem caminho, estarão a empurrar os bancários para formas de luta e terão de ter a resposta adequada", referem os sindicatos, considerando que não podem "excluir o recurso" à greve.

"Os 0,2% representam um aumento salarial médio de pouco mais de dois euros por mês! São uma vergonha insultuosa!", referiram, acrescentando que, com esta proposta, os bancos subscritores do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) geral do setor bancário estão a recusar uma "negociação séria".

Segundo os três sindicatos, com estas propostas, as administrações "fechadas no seu gueto dourado de privilégios" mostram que só querem aumentar as suas compensações e os dividendos dos acionistas, isto quando "a normalidade de outras empresas e entidades de Portugal aceitaram aumentos médios em 2019 na contratação coletiva de 2,8%" e para 2020, no âmbito do Conselho Económico e Social, há "propostas ou indicações no sentido do setor privado praticar aumentos médios de 2,7%".

Os sindicatos terminam o comunicado a apelar à "unidade e mobilização de todos os bancários" contra a perda sucessiva de direitos e poder de compra, e admitem mesmo o recurso à greve.
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