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Seguradoras europeias querem mais flexibilidade para investir

A EIOPA está a fazer novo balanço do Solvência II não incluiu todos os elementos no cálculo dos requisitos de capital em tempos de crise. Defendeu que as alterações e os avanços do Solvência II devem permitir que as seguradoras possam investir na recuperação da economia europeia.

Filipe Fernandes ffernandes@mediafin.pt 03 de Novembro de 2020 às 17:39

Se reduzir a margem de risco pode aumentar a capacidade de investimento em 190 mil milhões, referiu Michaela Koller, diretora-geral da Insurance Europe, durante a conferência os Seguros em Tempos de Emergência, promovida pelo Jornal de Negócios. A margem garante a equivalência entre o valor global das provisões técnicas e o montante que a empresa de seguros ou resseguros teria normalmente que pagar hoje se transferisse imediatamente os seus direitos e obrigações contratuais para uma outra empresa.

 

O Solvência II gera ainda restrições aos investimentos de longo prazo das seguradoras, que "são essenciais para a recuperação económica e ao crescimento sustentável da Europa". Esta questão é particularmente importante para a economia europeia, quando as seguradoras são o maior investidor institucional da Europa, com mais de dez biliões de euros de ativos sob gestão, o que equivale a cerca de 60% do PIB da UE. "Portanto, acolhemos com grande satisfação o objetivo da Comissão em seu plano de ação da União dos Mercados de Capitais (CMU) de avaliar, como parte da revisão do Solvência II, o quadro regulatório do investimento de longo prazo pelas companhias de seguros", diz Michaela Koller.

 

Sobre o impacto do Covid-19 no setor segurador assegurou que a indústria seguradora se manteve resistente tendo mantido a continuidade dos negócios em todas as geografias da Europa, mantendo os seus funcionários em segurança tendo mantido contacto e o serviço aos seus clientes numa situação tão complexa.

 

As perdas das seguradoras são avaliadas em termos globais entre 28 e 74 biliões de euros de perdas, dos efeitos pandémicos. Os efeitos nos seguros na Europa estão pendentes da duração e da intensidade da pandemia e da recuperação da economia.

 

Sobre o impacto do Covid-19 no setor segurador assegurou que a indústria seguradora se manteve resistente tendo mantido a continuidade dos negócios em todas as geografias da Europa, mantendo os seus funcionários em segurança tendo mantido contacto e o serviço aos seus clientes numa situação tão complexa.

 

Houve diferenças entre os vários mercados como no seguro automóvel em que no lockdown houve várias reivindicações sobre os prémios pagos quando não se podia circular. As quebras de circulação nos lockdowns mais severas foram de 80% e de 20% na Suécia. As soluções adotadas em diversos países no âmbito do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel face à paragem imposta pela pandemia não estão previstas na legislação da UE, seguindo por isso soluções locais e a ritmos diferenciados. Em muitos mercados os sinistros diminuíram mas mantiveram os custos por causa das compensações e das bonificações, sublinhou Michaela Koller.

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