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Revolut abre centro de apoio a clientes em Matosinhos

A popular "fintech", que já tem uma licença bancária para operar na Europa, escolheu Portugal para instalar o segundo maior ponto de assistência aos quatro milhões de clientes. Abre na primavera com 70 novos empregos.

A autarquia de Matosinhos surge com outro contrato (24,6 milhões mais IVA) assinado também com a Ecorede. Em causa está a recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana na zona Nascente do concelho durante um período de dez anos.
21 de Fevereiro de 2019 às 06:00
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A Revolut decidiu instalar no Edifício Ivens, no centro de Matosinhos, aquele que será o segundo maior centro de apoio a clientes no mercado europeu, a seguir ao que está instalado em Cracóvia, na Polónia. A "fintech" promete inaugurar esta operação na primavera de 2019 com cerca de 70 funcionários e aumentar o volume de emprego nos anos seguintes.

 

Procurando atrair jovens e também profissionais experientes, o processo de recrutamento já está a decorrer no site da empresa. Entre os anúncios disponíveis há mais de uma dezena de ofertas para chefes de equipa e especialistas em várias línguas: português, espanhol, francês, italiano, alemão, grego, búlgaro, checo, húngaro, lituano, romeno e japonês.

 

Foi em setembro de 2018 que os responsáveis da Revolut, um negócio já apelidado pelos próprios como a "Amazon da banca", vieram a Portugal pela primeira vez. Encontraram "um país acolhedor, cheio de talento e jovens ansiosos por mudar o mundo financeiro para melhor", na descrição da diretora da área de assistência aos clientes, que destacou ainda o "trabalho próximo" com a AICEP durante o processo de decisão.

 

Fizemos uma análise profunda a quase todos os países na Europa. Olhando para qualquer parâmetro, Portugal estava sempre entre os líderes. Inna Grynova, responsável da assistência a clientes da Revolut

 

"Escolher esta localização foi uma tarefa importante. Fizemos uma análise profunda a quase todos os países na Europa para assegurar que a nossa decisão corresponde ao máximo às necessidades dos nossos utilizadores. E olhando para qualquer parâmetro, Portugal estava sempre entre os líderes", frisou Inna Grynova, notando que o país "criou uma marca forte" neste tipo de escritórios, tem competências linguísticas e oferece um "equilíbrio perfeito entre o custo e qualidade das operações".

 

Portugal chega a 120 mil utilizadores

Lançada no mercado português em outubro de 2017, a Revolut tem atualmente 120 mil utilizadores no país – é o sétimo maior na Europa – e diz estar a conquistar 600 novos registos por dia. Oferecendo soluções mais rápidas e baratas que os bancos tradicionais, à imagem de outras plataformas digitais que estão a conquistar clientes em Portugal, através desta "app" garante fazer transferências internacionais gratuitas, trocar dinheiro em 24 moedas e gastar dinheiro sem pagar comissões em 150 países através do "contactless" da Mastercard ou Visa.

 

Numa nota de imprensa divulgada esta quinta-feira, 21 de fevereiro, este unicórnio com sede em Londres, fundado há menos de quatro anos, anuncia ter alcançado os quatro milhões de utilizadores, mais um milhão do que há três meses. Com entrada prevista em 2019 nos Estados Unidos, Canadá, Sinapura, Japão, Austrália e Nova Zelândia, a Revolut tem como objetivo atingir os 100 milhões de clientes nos próximos cinco anos.

 

Em dezembro, a "fintech" obteve uma licença bancária na Lituânia que a habilita a concorrer com a banca tradicional no Velho Continente. Os clientes passam assim a poder receber os salários na conta da Revolut e ainda fazer depósitos, estando estes fundos protegidos pelo sistema de garantia até 100 mil euros. Além disso, passa a existir a possibilidade de contas a descoberto e ainda a cedência de empréstimos.

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