Os advogados de João Rendeiro já estão a ler a sentença do Tribunal do Comércio de Lisboa que condenou o seu cliente por insolvência culposa do Banco Privado Português (BPP). E, ainda sem decisão tomada, acreditam que há fundamentos para recorrer para o Tribunal da Relação de Lisboa, apurou o Negócios.

João Rendeiro ficou inibido de qualquer actividade comercial em sociedades durante oito anos, de acordo com a decisão tomada pela juíza Maria José Costeira, que estendeu a sua decisão aos administradores Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital. A inibição abrange ainda Fernando Lima por três anos e Paulo Lopes e Vítor Castanheira, por dois anos.   

De acordo com a sentença citada pelo "Jornal de Notícias", a juíza considera que os condenados Rendeiro, Guichard e Fezas Vital criaram "um negócio de risco" e "pouco prudente", favoreceram "outras empresas nas quais tinhas interesse pessoal" e praticaram "irregularidades na contabilidade do banco". 

Esta decisão, que faz parte do processo principal contra os antigos responsáveis do BPP, prevê ainda que Rendeiro, Guichard, Fezas Vital e os outros condenados perdem todos os créditos que reclaram sobre a massa insolvente, no âmbito do processo de liquidação da instituição actualmente em curso.