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Reguladores europeus adiam reforma sobre exigências de capital da banca

Os responsáveis europeus pela supervisão do sector financeiro adiaram a reunião, prevista para o próximo domingo, em que seria votada a alteração das regras relativas às exigências mínimas de capital dos bancos.

Reuters
Negócios 03 de Janeiro de 2017 às 14:30
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A reunião dos banqueiros centrais e líderes da supervisão de quase 30 países europeus decidiram esta terça-feira, 3 de Janeiro, adiar a reunião, prevista para o próximo domingo, em que seriam votadas alterações às actuais regras que definem as exigências mínimas de capital que os bancos têm de cumprir.

 

Em causa está um plano que pretende servir para evitar a repetição de eventos tais como o da crise financeira de 2008. As divergências incidem sobre os montantes que os bancos terão de manter enquanto reservas de capital contra a concessão de empréstimos e garantias face a outros activos.

 

Como tal, refere a agência Bloomberg, a reunião foi adiada por se considerar que é necessário mais tempo para alcançar um acordo, até porque as autoridades europeias se mostram reticentes quanto às planeadas restrições sobre a forma como os bancos devem aferir o risco de determinados activos.

 

A Reforma de Basileia III tem provocado várias divergências, em especial da parte dos reguladores europeus que mostram apreensão quanto à possibilidade de o estabelecimento de exigência de capital mais rigorosas poder prejudicar a capacidade de banca europeia em conceder créditos. O Comité de Basileia deverá agora reunir-se nos dias 1 e 2 de Março.

 

A encabeçar a frente dos bancos que se opõem à imposição de exigência de capital mais elevadas está a banca alemã, designadamente o Deutsche Bank, uma vez que se antecipa que as novas regras de capital acabem por prejudicar principalmente os grandes bancos. O Deutsche Bank, por exemplo, utiliza modelos próprios para determinar as almofadas de capital necessárias.

 

A Bloomberg explica que o Deutsche Bank e o Commerzbank seriam mais penalizados do que a generalidade dos maiores bancos europeus , pelo que teriam de garantir capital adicional logo que entrassem em vigor as regras que enquadram a forma como é medido o risco associado aos activos detidos.

 

Segundo fontes anónimas citadas pela Reuters, o Comité de Basileia estará disposto a avançar com medidas mais flexíveis do que havia sido inicialmente previsto. Assim, os bancos europeus teriam de assegurar exigências de capital equivalentes a um máximo de 75%, e já não os 90% inicialmente propostos, do montante resultante da nova avaliação das necessidades de capital. 

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