Quatro anos depois a Caixa está mais pequena

O plano de reestruturação negociado com Bruxelas foi, para a Caixa, missão cumprida. Mas é um banco mais pequeno. O Negócios reuniu um conjunto de 10 indicadores para mostrar o ponto de partida (2016) e o de chegada (2020).

Agências aquém do objetivo

O banco estatal tinha previsto ficar com 470 a 490 balcões até ao final de 2020. Manteve 543 agências em todo o país.

Saíram mais de 2.000 colaborares

A reestruturação da CGD levou à saída de 2.285 trabalhadores da Caixa ao longo de quatro anos, cumprindo a meta imposta.

Custos recuam

Os custos de estrutura da CGD baixaram de 918,6 milhões, em 2016, para 614,4 milhões em 2020. O objetivo era cortar para menos de 720 milhões, o que foi alcançado.

Covid-19 pressiona rentabilidade

Há quatro anos, a Caixa estava com um ROE negativo. No final de 2020, era de 5,6%, ainda assim abaixo da meta devido aos efeitos da covid.

Margem financeira não chega à meta

O banco do Estado queria chegar ao fim do plano com uma margem financeira superior a 1.100 milhões de euros.

Malparado abaixo do objetivo de 7%

Os esforços de "limpeza" da CGD levaram o rácio de NPL a cair para 3,9% no final de 2020, cumprindo a meta de ficar abaixo de 7%.

Comissões aquém do plano

O rácio de comissões face ao volume de negócios situou-se nos 0,40% no final do plano. O objetivo era ficar acima de 0,45%.

Ativo cai no internacional

A CGD "encolheu" a estrutura, nomeadamente no estrangeiro. O ativo total na atividade internacional recuou para 12,3 mil milhões.

Rácio CET1 sobe para 18%

O rácio de capital da CGD, o CET1, passou de 12,1%, em 2016, para 18% no final do ano passado. A meta era ficar acima de 14%.

Cost-to-income por cumprir

O cost-to-income (que reflete o peso dos custos face às receitas) foi outra das metas que ficaram por cumprir, já que apontava para 45%.

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Rita Atalaia ritaatalaia@negocios.pt | Rui Santos - infografia

12 de Fevereiro de 2021 às 10:16

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O plano de reestruturação da Caixa Geral de Depósitos chegou ao fim.

Quatro anos depois, a Caixa é um banco mais pequeno, mas para Paulo Macedo não se tornou numa "Caixinha".