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Principal accionista do Moza Banco quer vender participação minoritária

O fundo de pensões do Banco de Moçambique detém 80% do Moza Banco e está a ponderar alienar uma participação minoritária, que pode chegar aos 40%. Segundo a Bloomberg, nem o Novo Banco nem a Moçambique Capital deverão exercer os seus direitos nesta operação.

Mike Hutchings/Reuters
22 de Novembro de 2017 às 08:28
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O principal accionista do moçambicano Moza Banco pretende alienar uma participação minoritária no banco, mas os seus dois outros accionistas, incluindo o Novo Banco, não deverão exercer os seus direitos na operação.

De acordo com a Bloomberg, que cita fontes conhecedoras do processo, o banco central de Moçambique, cujo fundo de pensões detém 80% do Moza Banco, está a ponderar vender uma participação minoritária – entre 20% a 40% - na instituição depois de já ter sido realizada uma injecção de fundos no banco.

A emissão de direitos para esta operação pode ocorrer já mo próximo mês. O fundo de pensões do banco central deve ser o único participante. Os outros dois investidores do Moza Banco, o português Novo Banco e o moçambicano Moçambique Capitais, não vão exercer os seus direitos na venda de acções, de acordo com a Bloomberg.

As fontes da agência de informação salvaguardaram ainda que as negociações com vista a esta operação estão ainda no início e podem não resultar num acordo para alienação da participação.

O Moza Banco é o quarto maior banco de Moçambique e entrou em colapso em Setembro do ano passado. A 31 de Maio deste ano foi noticiado pela Lusa que o Banco de Moçambique tinha escolhido a sociedade Kuhanha para a recapitalização desta instituição financeira, num processo em que foram injectados 8.170 milhões de meticais (mais de 120 milhões de euros) no banco.

A selecção desta sociedade foi dirigida por uma Comissão de Avaliação composta por um representante do BM, por um membro do International Financial Corporation (Banco Mundial) e pelo presidente do Conselho de Administração Provisório do Moza Banco, João Figueiredo, que vai ser presidente da Comissão Executiva.

Pouco dias depois, o governador do Banco de Moçambique (BM) disse que a escolha da sociedade Kuhanha, gestora do fundo pensões do próprio BM, para a recapitalização do Moza Banco, evitou que este fosse usado para lavagem de dinheiro, de acordo com a Lusa.

A Kuhanha, era em Junho, presidida pelo governador do BM e conta na liderança com administradores do banco central.

O novo accionista passa a ser maioritário (80%), enquanto o português Novo Banco (que detinha 49%) e a Moçambique Capitais (que detinha 50,9%) passaram a ter cada um 10% do Moza Banco, escrevia a agência de notícias na altura.

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