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Presidente do Novo Banco admite "pequenas desconformidades" na avaliação de imóveis

António Ramalho garante que não houve vendas ao desbarato, ainda que tenham havido pequenas desconformidades no processo de avaliação. Quanto a novas injeções no banco, não descarta essa possibilidade.

Pedro Simões
12 de Setembro de 2020 às 11:50
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A auditoria da Deloitte aos atos de gestão do Banco Espírito Santo (BES) e do Novo Banco, tornada pública na semana passada, apontou falhas à gestão de António Ramalho, a nível da concessão de crédito. À TSF, o presidente do Novo Banco admite pequenas desconformidades na avaliação de imóveis, mas garante que não vendeu ao desbarato. Questionado sobre uma nova injeção, não afasta cenários.

 

"A auditoria tem findings [conclusões] fundamentais, a maior parte deles, naturalmente verificam-se até 2014, mas, alguns, até interessantes, podem ser discutidos agora. Mas, sobretudo, estes findings são verificações de pequenas desconformidades, nomeadamente desconformidades acessórias e operacionais também se verificam, naturalmente, como era de esperar, em todos os mandatos", adiantou António Ramalho em entrevista à TSF.

As conclusões da consultora vêm mostrar que, além dos problemas identificados até 2014 , houve também erros detetados a partir de 2016, nomeadamente ao nível das operações de crédito concedido. Ramalho assumiu a liderança da instituição em agosto desse ano.

 

Na mesma entrevista, o presidente do Novo Banco realçou ainda que "o que se verifica, basicamente é que nós temos 140 findings, para ter uma ideia, e esses 140 findings representam 4% da totalidade, com este caráter acessório. E todos eles têm justificações várias. Desses 140 há dois blocos que eu gostaria de referir, que são importantes, para que as pessoas possam perceber. O finding que abarca 36 casos diz respeito a alguma desconformidade das nossas regras internas de acompanhamento de clientes em situação difícil".

 

"Pequenas desconformidades há em todos os mandatos e também no meu", justificou.

 

Questionado sobre a possibilidade de o Novo Banco precisar de uma nova injeção de capital, Ramalho é claro: "Não ponho de parte nenhum cenário. É mais útil, nesta altura em que temos capacidade, financiar o Novo Banco para que ele fique bom e, no próximo ano, contar com o financiamento e a resposta do Novo Banco à sociedade. Foi isto que assinámos com a Comissão Europeia".


(Notícia corrigida às 20:32)

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