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Presidente da CGD considera "contranatura" proposta para aplicar juros negativos

O presidente executivo da Caixa Geral de Depósito, Paulo Macedo, considera "contranatura" a proposta legislativa para obrigar os bancos a aplicarem os juros negativos no crédito à habitação, mas garante que cumprirá caso seja lei.

Miguel Baltazar/Negócios
11 de Abril de 2018 às 00:16
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"A questão relativa aos juros negativos é contranatura. Há até uma medida bastante discutível do ponto de vista legal", disse na terça-feira o presidente da Comissão Executiva da CGD, no Porto, no final do "XV Encontro Fora da Caixa" – que assinala o 142.º aniversário da instituição.

 

Paulo Macedo apontou imprecisões à medida avançada pelo Bloco de Esquerda mas assumiu que "se a legislação vier nesse sentido a Caixa cumprirá".

 

Insistiu, contudo, que "seria estranho um responsável de um banco concordar com algo que afecte negativamente um banco, designadamente os juros negativos, porque estamos a falar de quem empresta ter um juro negativo".

 

Afirmando "perceber a intenção da medida", precisou que esta "só tem razão de ser quando os bancos têm elevadíssimas rentabilidades e não quando apresentam prejuízos sistemáticos ano após ano".

 

Da mensagem que quis deixar ao Porto e região Norte em dia de aniversário da Caixa, Paulo Macedo destacou o "objectivo de crescer no crédito", salientando haver "rácios de capital para crescer, algo que não acontecia há uns anos nem com a Caixa nem com outros bancos portugueses" e que "tem liquidez para fazer isso".

 

Anunciando a manutenção e continuidade de "todos os gabinetes de empresa em termos de proximidade", vincou que a Caixa quer "crescer nas áreas mais dinâmicas" como são "a região Norte e do Porto, das mais dinâmicas do país, de forma destacada, designadamente na área exportadora".

 

"Quisemos também dizer que a Caixa, pela sua génese, no dia do seu 142.º aniversário, está a trabalhar para poder estar no Porto durante muitos anos com os empresários e que não é indiferente para as famílias e empresas com quem trabalha, que podendo trabalhar com quem quiserem, é relevante para elas saber com que bancos vão estar cá daqui a cinco, 10, 20 anos, numa altura de tanta mutação e certeza".

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