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Portugália recua e já não vai contestar nos tribunais venda da Comporta

Apesar das ameaças, não há tribunal. O consórcio composto por Oakvest, Portugália e Sabina Estates não avança judicialmente contra a venda dos principais activos da Comporta. Não quer uma "nefasta e indesejável exposição pública".

João Paulo Dias
19 de Dezembro de 2018 às 16:28
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O consórcio integrado pela portuguesa Portugália recuou e já não vai contestar judicialmente a venda dos activos da Comporta ao agrupamento encabeçado por Claude Berda e Paula Amorim.

 

"Por forma a evitar uma nefasta e indesejável exposição pública não compatível com os princípios que norteiam este consórcio e os seus accionistas, vimos por este meio comunicar que o Consórcio Oakvest/Portugália/Sabina Estates deixou de estar interessado na aquisição dos ‘activos da Comporta’, abdicando do seu direito legal de recorrer à justiça", assinala um comunicado enviado às redacções em nome do consórcio.

 

Segundo o comunicado, o "consórcio relega para as entidades competentes (Tribunal do Luxemburgo e Ministério Público) a tarefa de analisar a verdade dos factos deste frustrado e frustrante Processo". Ora, o Ministério Público – e o tribunal seguiu a sua proposta – aceitou já deu luz verde ao processo.

Desde o acordo final para a venda dos principais activos da Herdade da Comporta que o consórcio, através do seu advogado, Rogério Alves, admitia vir a recorrer aos tribunais. Agora, há um recuo, apesar de o agrupamento dizer que "considera que a forma como se desenrolou este processo não é compatível com os princípios morais e éticos que norteiam o seu código de conduta e forma de estar nos concursos em que se envolve."

Este conjunto de investidores tem contestado a assembleia de participantes do fundo imobiliário da herdade. O fundo é o vendedor dos dois grandes activos da Comporta, de 27 de Julho, e a sua gestora, a Gesfimo, tinha escolhido o consórcio da Portugália como o comprador daqueles terrenos. Só que a Rioforte e o Novo Banco rejeitaram e quiseram avançar para um procedimento concursal.

 
"O Novo Banco Cayman, a Rio Forte e os seus consultores não poderão, seguramente, estar satisfeitos com o resultado obtido, isto é, com o preço final da proposta apresentada pelo Consórcio Amorim/Berda", indica o comunicado enviado pelo consórcio.

Nesse concurso, apenas o consórcio de Paula Amorim e Claude Berda avançou com uma oferta, de 158 milhões, abaixo da avaliação contabilística de 202 milhões de euros destes activos.

 

"Não reconhecemos qualquer fundamento às razões que determinaram a nossa indevida exclusão, constatando, agora, a evidente sem razão da ‘recomendação/declaração’ apresentada em Julho pelo Novo Banco e subscrita pela Rioforte, que gerou, afinal, menos concorrentes (um) e menos valor", continua ainda o comunicado enviado. 

(Notícia actualizada às 17:05 com mais informações)

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