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PJ investiga branqueamento de capitais envolvendo BES e general angolano
Polícia Judiciária está a proceder a buscas no âmbito de uma investigação de branqueamento de capitais que envolvem o banco BES e general angolano Bento dos Santos Kangamba.
A Polícia Judiciária está a investigar um caso de branqueamento de capitais e está a proceder a buscas esta quarta-feira, 15 de Outubro.
As buscas estão a ser efectuadas no âmbito de uma investigação que envolve o banco BES e o general angolano Bento dos Santos "Kangamba", segundo apurou o Negócios. O general é sobrinho por afinidade do presidente angolano José Eduardo dos Santos.
Contactado pelo Negócios, a Procuradoria-Geral da República confirmou que estão a "decorrer buscas no âmbito de investigações do DCIAP". No entanto, fonte oficial avança que estas investigações não estão relacionadas com o denominado "universo Espírito Santo"".
Já o Novo Banco - que herdou os activos saudáveis do BES - não está a ser alvo de buscas em nenhuma das suas instalações, sabe o Negócios.
As buscas estão a ser realizadas por todo o país em conjunto pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ e por procuradores do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) liderado por Cândida Almeida, avançou o Diário de Notícias. Já o Correio da Manhã noticia que vários empresários angolanos estão a ser alvo de buscas na área da Grande Lisboa.
Quem é Bento Kangamba?
Bento dos Santos Kangamba, 49 anos, é um empresário angolano e membro do comité central do MPLA. General de três estrelas na reserva a nível político ocupa actualmente o cargo de secretário do comité provincial de Luanda do MPLA para a organização periférica e rural.
O empresário interessa-se pelo mundo do futebol e fundou em 1994 o clube angolano Kabuscorp do Palanca em Luanda, tendo em 2013 tornado-se patrocinador do Vitória de Guimarães em Portugal.
O general foi acusado pela polícia brasileira de gerir uma rede de tráfico de mulheres do Brasil para Angola e Portugal, incluindo outros países, em Outubro do ano passado. A rede teria movimentado cerca de 45 milhões de dólares em dez anos, segundo a polícia brasileira.
Mas Kangamba dos Santos foi ilibado de todas as acusações que pendiam sobre ele pela justiça brasileira em Junho passado.
(Notícia actualizada às 13h22 com resposta da Procuradoria-Geral da República)