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Nuno Amado: Aumento de capital "nunca foi debatido"
O presidente do BCP rejeitou esta quinta-feira, em Aveiro, que o banco precise de aumentar capital, como avançou o Société Générale numa nota de investimento.
O alegado aumento de capital de 750 milhões do Banco Comercial Português "nunca foi debatido", disse esta tarde Nuno Amado, presidente do BCP, no lançamento, em Aveiro, do livro "Uma vida. O empresário e a utilidade pública", que conta a história do empresário Ilídio Pinho.
No mesmo evento, o presidente do BCP referiu ainda que não queria "alimentar especulações" com o aumento de capital.
A ideia de que fosse necessário realizar uma operação deste género foi lançada pelo Société Générale: "À luz da revisão das nossas estimativas, analisamos os cenários potenciais para o reembolso dos CoCo's, 'contingent convertible bonds', e concluímos que o cenário mais provável, hoje, é um aumento de capital de 750 milhões de euros em 2016".
Após esta consideração, e também depois de ter sido cortada a avaliação feita às acções do BCP (uma redução de 32%, para 6,45 cêntimos, nos próximos 12 meses), os títulos do BCP caíram ontem para um novo mínimo de há dois anos. No arranque da sessão desta quinta-feira, os títulos recuaram mesmo abaixo da barreira dos 5 cêntimos. Contudo, no fecho, os títulos fecharam o dia a subir 3,33% para 5,27 cêntimos.
Em Aveiro, Nuno Amado mostrou-se mais preocupado com a venda do Novo Banco, admitindo que o atraso na venda é positivo, porque é melhor uma "boa do que uma má decisão". "Depressa e bem não há ninguém", referiu o CEO do banco.
Neste momento, o Banco de Portugal negoceia com a Fosun a alienação do Novo Banco, depois de falhadas as negociações com a Anbang. O Novo Banco foi alvo de uma injecção de capital de 4,9 mil milhões de euros e o diferencial do valor da venda face a este montante terá de ser suportado pela banca.
(notícia actualizada com mais informações às 18h17)