Notícia
Novo Banco vai esgotar mecanismo? "Não faço prognósticos", diz Máximo dos Santos
O presidente do Fundo de Resolução prefere não fazer previsões sobre se o Novo Banco vai usar a totalidade dos 3,89 mil milhões de euros e diz ser fundamental encontrar solução que garanta a estabilidade financeira.
Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, não quer fazer previsões sobre se o Novo Banco vai usar, ou não, a totalidade dos 3,89 mil milhões, no âmbito do mecanismo de capital contingente.
"Não vou fazer prognósticos. É fundamental encontrar uma solução adequada que garanta a estabilidade financeira e certamente que há imaginação e vontade política para que isso se faça", afirmou o também vice-governador do Banco de Portugal aos deputados.
Máximo dos Santos foi ouvido esta quarta-feira na comissão de Orçamento e Finanças, numa audição realizada a pedido do PS. Em cima da mesa estiveram as operações de venda de ativos do Novo Banco e a auditoria da Deloitte aos atos de gestão entre 2000 e 2018.
"A pandemia, se agrava tendencialmente os resultados dos bancos, também não vai facilitar a vida do Novo Banco", disse ainda o presidente do Fundo de Resolução, que detém 25% da instituição financeira que nasceu da resolução do BES.
"Não vou fazer prognósticos. É fundamental encontrar uma solução adequada que garanta a estabilidade financeira e certamente que há imaginação e vontade política para que isso se faça", afirmou o também vice-governador do Banco de Portugal aos deputados.
"A pandemia, se agrava tendencialmente os resultados dos bancos, também não vai facilitar a vida do Novo Banco", disse ainda o presidente do Fundo de Resolução, que detém 25% da instituição financeira que nasceu da resolução do BES.
De acordo com as contas semestrais, o Novo Banco irá pedir mais 176 milhões de euros. No entanto, o valor só poderá ser determinado no final do ano. Até agora, já foram injetados perto de 2,9 mil milhões de euros no banco do total de 3,89 mil milhões de euros.
Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, António Ramalho, CEO do Novo Banco, já tinha adiantado que a estimativa sobre as necessidades de capital, que é entregue no início de cada ano ao Fundo de Resolução, teria de ser revista em alta devido ao impacto da pandemia. Uma injeção que apenas irá acontecer em 2021.