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Acompanhar o Novo Banco é uma "tarefa extremamente complexa e difícil", diz Máximo dos Santos
O presidente do Fundo de Resolução defende que a entidade que lidera devia estar representada na administração do Novo Banco.
"Esta tarefa que foi cometida ao Fundo de Resolução sobre os devedores do acordo de capital contingente é algo totalmente novo. Digo mesmo, não é uma tarefa de um banco central", disse o responsável aos deputados na comissão de Orçamento e Finanças.
Questionado se os poderes que o fundo tem são suficientes perante esta missão, Máximo dos Santos considera que seria importante que o Fundo de Resolução estivesse representado na administração do banco. "Os poderes do fundo são aqueles que emergem do contrato" de venda do Novo Banco. "E devo dizer que gostaria que o fundo estivesse representado na administração" da instituição.
O Fundo de Resolução está representado através da comissão de acompanhamento, um órgão consultivo que emite pareceres, nomeadamente sobre as operações de venda de ativos. "Parafraseando um anúncio: 'não é a mesma coisa'. Se tivessemos administradores seria melhor, mas isso não foi possível porque está assim definido nos compromissos", rematou Máximo dos Santos.
O presidente do Fundo de Resolução está a ser ouvido no Parlamento sobre as vendas de imóveis e créditos do Novo Banco e que têm impacto nas injeções de capital do Fundo de Resolução no banco. A audição foi aprovada na comissão de Orçamento e Finanças, após requerimento do PS.
Na terça-feira, também em audição também na comissão de Orçamento e Finanças, o presidente executivo do Novo Banco disse que não houve qualquer operação com prejuízos para o Fundo de Resolução sem que este tivesse dado autorização.
"Não há nenhuma transação que crie prejuízo ao Fundo de Resolução que o Fundo de Resolução não autorize previamente", afirmou António Ramalho. O gestor disse ainda que, em vários casos, o fundo considerou que as vendas de alguns ativos provocariam prejuízos que não se justificavam, tendo essas operações sido anuladas.