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Ramalho: "Novo Banco não é um Ás para ser jogado no jogo político"

António Ramalho, CEO do Novo Banco, diz-se "triste" e "desapontado" com o Bloco de Esquerda por ter de chegar a 2020 por fazer perguntas sobre temas que se sabem desde 2017.

15 de Setembro de 2020 às 16:47
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António Ramalho, presidente da comissão executiva do Novo Banco, rejeita que o banco que lidera, e que nasceu da resolução do Banco Espírito Santo, seja usado no "jogo político".

"O Novo Banco não é um Ás para ser jogado no jogo político. É uma instituição que deve ser avaliada, mas que não me parece que possa ser utilizada desta maneira", afirmou o gestor perante os deputados, na comissão de Orçamento e Finanças, esta terça-feira. 

O CEO do Novo Banco respondia às questões colocadas pela deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua. Ramalho disse estar "triste" e "desapontado" com o partido por ter de chegar a este momento para fazer perguntas sobre temas que se conhecem desde 2017, nomeadamente o acordo com a Comissão Europeia. 

"Estou sempre disponível para responder às suas dúvidas, mas na defesa do interesse público faça as perguntas com exatidão", disse o António Ramalho à deputada bloquista. 

A audição desta terça-feira foi realizada a pedido do PS, PAN e Iniciativa Liberal. Em cima da mesa estão as vendas de carteiras de ativos do Novo Banco e a auditoria da Deloitte aos atos de gestão do BES e da instituição liderada por António Ramalho, entre 2000 e 2018. Na quarta-feira será a vez de Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, ir ao Parlamento.

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