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Novo Banco pagou 2,7 milhões de euros em prémios à administração

O fim da reestruturação libertou o banco para pagar prémios que estavam retidos desde 2020. Em 2023 foram 2,7 milhões.

Miguel Baltazar
08 de Março de 2024 às 11:57
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O Novo Banco pagou 2,7 milhões de euros em prémios à administração da instituição financeira. O pagamento de bónus esteve proibido durante vários anos e voltou a ser possível após o fim da reestruturação.

A informação consta do Relatório e Contas relativo a 2023, foi avançada pelo Eco e confirmada pelo Negócios.

"Na sequência do fim do período de reestruturação decretado pela Comissão Europeia no contexto da ajuda de estado decorrente do processo de venda do Novo Banco, as limitações de remunerações aos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização deixaram de ser aplicáveis", lê-se no documento.

O fim dessa condicionante "resultou em pagamentos adicionais em 2023 para os atuais membros do Conselho de Administração Executivo e Conselho Geral e de Supervisão de 383 mil euros referentes a salários que estavam diferidos e 2,66 milhões de euros de remunerações variáveis de anos anteriores cujo período de diferimento já tinha decorrido".

O CEO recebeu 565 mil euros, enquanto aos restantes elementos da comissão executiva foram pagos valores que oscilaram aproximadamente entre 250 mil e 400 mil euros.

Ao longo dos últimos anos, o banco tem optado por atribuir os bónus, mas sem efetuar os pagamentos. Os valores foram acumulando.

O CEO do banco, Mark Bourke, já tinha dito ao Negócios, em 2023, que queria que o banco pudesse voltar a pagar bónus.

Já no que diz respeito à remuneração fixa paga à cúpula da instituição, o presidente da Comissão Executiva recebeu um salário anual de 600 mil euros. Somando o bónus relativo a 2022 e outras alíneas, Mark Bourke auferiu mais de um milhão de euros.
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