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Novo Banco esperava desde o início usar mecanismo de capitalização contingente

As declarações foram feitas esta quarta-feira, na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco.

Ricardo Pereira/Sábado
26 de Maio de 2021 às 21:39
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A expectativa do Novo Banco é que haveria um aumento das imparidades após 2017 e que seria usado o valor previsto no mecanismo de capitalização contingente (CCA, na sigla em inglês), de acordo com Carlos Brandão, diretor do departamento de risco global do banco liderado por António Ramalho.

As declarações foram feitas esta quarta-feira, na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco.

Quando questionado pelo deputado do PSD Alberto Fonseca sobre se a “expectativa da Comissão Europeia” acerca da utilização do mecanismo, de 3,3 mil milhões no cenário base e de 3,9 mil milhões no cenário adverso, “não era muito diferente da expectativa que o banco tinha face à realidade que conhecia”, Carlos Brandão disse ser “correto”.

“Era uma expectativa. Como sabe, num horizonte temporal tão grande - estamos a falar de 2016-2020 ou eventualmente além de 2020 - tanta coisa pode acontecer que poderá eventualmente alterar essas expectativas”, referiu ainda o ex-CEO do Bankinter que foi escolhido por António Ramalho para ser porta-voz do Novo Banco para a comissão de inquérito.

O deputado disse ainda que a “expectativa [da potencial utilização] não foi ocultada a nenhuma outra entidade”, como o Banco de Portugal. “Acredito que sim”, disse Carlos Brandão, assegurando que “não tomamos decisões em função daquilo que poderá ser o valor utilizado ou não no CCA”.

Por outro lado, o diretor do risco global afirmou que desde que entrou para a instituição, em 2017, “existia a expectativa de um aumento das imparidades globais” do banco.

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