Notícia
Moza Banco não foi liquidado e será vendido
O Banco de Moçambique anunciou no final de Setembro a suspensão do conselho de administração e comissão executiva do Moza (detido a 49% pelo Novo Banco), para "proteger os interesses dos depositantes".
21 de Outubro de 2016 às 21:21
O Moza Banco, alvo de uma intervenção do Banco de Moçambique no final de Setembro, não foi liquidado, continua a existir e será preparado para venda, disse hoje o governador do banco central.
"A decisão foi de uma intervenção com o objectivo de preparar a venda e, nesse caso, a legislação não nos requer o uso dos fundos de depósito [de garantia] para isso, porque o banco continua a existir como tal, não foi liquidado", afirmou hoje em conferência de imprensa Rogério Zandamela, após a reunião do Comité de Política Monetária da instituição.
O governador disse que, quando os bancos entram em dificuldades graves, "como aquelas enfrentadas pelo Moza", participado em 49% pelo Novo Banco, de Portugal, uma das hipóteses seria a liquidação imediata da entidade bancária, através do fundo de depósito de garantia.
"Mas, dada a natureza do banco e da importância no sistema e na economia, tomámos uma decisão, prudencial e cautelosa, de que essa não seria a melhor via", declarou Zandamela, sem avançar mais pormenores.
O Banco de Moçambique anunciou no final de Setembro a suspensão do conselho de administração e comissão executiva do Moza, para "proteger os interesses dos depositantes".
"A situação financeira e prudencial do Moza Banco, SA tem vindo a degradar-se de forma insustentável", o que tornou necessário "reforçar as medidas extraordinárias de saneamento", previstas na lei, para "proteger os interesses dos depositantes e outros credores", salvaguardando "as condições normais de funcionamento do sistema bancário", de acordo com um comunicado enviado à Lusa.
Perante esta situação, o Banco de Moçambique designou um novo presidente, João Filipe Figueiredo, e um novo conselho de administração para o Moza e o seu mandato "durará até à normalização da situação".
A administradora para a supervisão bancária do Banco de Moçambique disse, no início de Outubro, que a administração provisória do Moza Banco terá a missão de repor a estabilidade financeira em seis meses.
"A missão é repor a estabilidade financeira do banco. É tentar fazer uma limpeza daquilo que possam ser alguns créditos que não estavam a ser cobrados. E este processo não deve ir para além de seis meses", disse Joana Matsombe.
A responsável do Banco de Moçambique declarou que a reposição da estabilidade financeira do banco visa preparar a venda da instituição, considerando que o " banco é bom e o seu único problema foi não ter sido injectado capital para repor os rácios de solvabilidade".
Em 2015, o Moza registou um resultado líquido de 81,7 milhões de meticais (1,1 milhões de euros ao câmbio actual), abaixo dos 153 milhões de meticais (dois milhões de euros) no ano anterior.
Fundado em 2008, o Moza é o quarto maior banco do país, sendo detido em 50,9% pela Moçambique Capitais e em 49% pelo Novo Banco.
Em 2015, realizou uma mudança de imagem, mantendo 800 trabalhadores e 59 unidades de negócio em todo o país, 76 mil clientes, e uma quota de mercado de 7,2% no crédito, 7,68% nos depósitos e 8,88% nos ativos.
"A decisão foi de uma intervenção com o objectivo de preparar a venda e, nesse caso, a legislação não nos requer o uso dos fundos de depósito [de garantia] para isso, porque o banco continua a existir como tal, não foi liquidado", afirmou hoje em conferência de imprensa Rogério Zandamela, após a reunião do Comité de Política Monetária da instituição.
"Mas, dada a natureza do banco e da importância no sistema e na economia, tomámos uma decisão, prudencial e cautelosa, de que essa não seria a melhor via", declarou Zandamela, sem avançar mais pormenores.
O Banco de Moçambique anunciou no final de Setembro a suspensão do conselho de administração e comissão executiva do Moza, para "proteger os interesses dos depositantes".
"A situação financeira e prudencial do Moza Banco, SA tem vindo a degradar-se de forma insustentável", o que tornou necessário "reforçar as medidas extraordinárias de saneamento", previstas na lei, para "proteger os interesses dos depositantes e outros credores", salvaguardando "as condições normais de funcionamento do sistema bancário", de acordo com um comunicado enviado à Lusa.
Perante esta situação, o Banco de Moçambique designou um novo presidente, João Filipe Figueiredo, e um novo conselho de administração para o Moza e o seu mandato "durará até à normalização da situação".
A administradora para a supervisão bancária do Banco de Moçambique disse, no início de Outubro, que a administração provisória do Moza Banco terá a missão de repor a estabilidade financeira em seis meses.
"A missão é repor a estabilidade financeira do banco. É tentar fazer uma limpeza daquilo que possam ser alguns créditos que não estavam a ser cobrados. E este processo não deve ir para além de seis meses", disse Joana Matsombe.
A responsável do Banco de Moçambique declarou que a reposição da estabilidade financeira do banco visa preparar a venda da instituição, considerando que o " banco é bom e o seu único problema foi não ter sido injectado capital para repor os rácios de solvabilidade".
Em 2015, o Moza registou um resultado líquido de 81,7 milhões de meticais (1,1 milhões de euros ao câmbio actual), abaixo dos 153 milhões de meticais (dois milhões de euros) no ano anterior.
Fundado em 2008, o Moza é o quarto maior banco do país, sendo detido em 50,9% pela Moçambique Capitais e em 49% pelo Novo Banco.
Em 2015, realizou uma mudança de imagem, mantendo 800 trabalhadores e 59 unidades de negócio em todo o país, 76 mil clientes, e uma quota de mercado de 7,2% no crédito, 7,68% nos depósitos e 8,88% nos ativos.