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Mourinho Félix: Nacionalização do Novo Banco "seria difícil de justificar"
O Governo considera que seria difícil de justificar a nacionalização do Novo Banco pois já controla a Caixa Geral de Depósitos, uma opção defendida por PCP e Bloco de Esquerda.
Negócios
04 de Abril de 2017 às 09:17
O facto do Estado português já controlar a Caixa Geral de Depósitos é um dos factores que dificultam o Governo avançar para a nacionalização do Novo Banco.
Para o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, o respectivo impacto financeiro desta operação também é relevante para que não se tome esta opção.
"Quando o Estado é já dono de um banco, a Caixa Geral de Depósitos, que é muito relevante no mercado, e teve agora mesmo uma recapitalização pelo seu accionista em condições de mercado, seria muito difícil de justificar a sua nacionalização e que o Estado passasse a ter de facto uma posição dominante no mercado bancário", começou por dizer Ricardo Mourinho Félix em entrevista à RTP na segunda-feira, 3 de Abril.
"Seria difícil de justificar perante toda a gente, diria eu, que o Estado poderia ter uma tal participação no sector financeiro", completou o governante.
Ao mesmo tempo, o secretário de Estado alertou para os impactos para o Estado desta operação. "A segunda questão, que é tão ou mais relevante, tem a ver com o impacto financeiro que isso poderia ter", apontou Mourinho Félix.
Para o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, o respectivo impacto financeiro desta operação também é relevante para que não se tome esta opção.
"Seria difícil de justificar perante toda a gente, diria eu, que o Estado poderia ter uma tal participação no sector financeiro", completou o governante.
Ao mesmo tempo, o secretário de Estado alertou para os impactos para o Estado desta operação. "A segunda questão, que é tão ou mais relevante, tem a ver com o impacto financeiro que isso poderia ter", apontou Mourinho Félix.
A venda do Novo Banco à Lone Star foi anunciada pelo Banco de Portugal a 31 de Março, dia em que o primeiro-ministro garantiu que nem o Estado, nem o Fundo de Resolução, assumem qualquer garantia e que os contribuintes não terão custos acrescidos com a alienação do banco que ficou com os activos bons do antigo BES.
Mas os partidos que apoiam no Parlamento o Governo discordam desta solução e preferiam a nacionalização do banco. O Bloco de Esquerda anunciou que vai levar esta venda a debate no Parlamento na quarta-feira, 5 de Abril, com Catarina Martins a considerar que as explicações dadas pelo Governo sobre esta transacção não são suficientes, insistindo que a nacionalização da entidade seria a melhor solução a longo prazo.
Já o PCP anunciou na segunda-feira, 3 de Abril, que apresentou um projecto de resolução no Parlamento que recomenda ao Governo PS a suspensão da venda do Novo Banco e a sua nacionalização.
O Presidente da República, por seu turno, também garantiu que os contribuintes podem ficar descansados com a solução encontrada pelo Governo para o Novo Banco, uma vez que a garantia será do Fundo de Resolução e não do Estado, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
Mas os partidos que apoiam no Parlamento o Governo discordam desta solução e preferiam a nacionalização do banco. O Bloco de Esquerda anunciou que vai levar esta venda a debate no Parlamento na quarta-feira, 5 de Abril, com Catarina Martins a considerar que as explicações dadas pelo Governo sobre esta transacção não são suficientes, insistindo que a nacionalização da entidade seria a melhor solução a longo prazo.
Já o PCP anunciou na segunda-feira, 3 de Abril, que apresentou um projecto de resolução no Parlamento que recomenda ao Governo PS a suspensão da venda do Novo Banco e a sua nacionalização.
O Presidente da República, por seu turno, também garantiu que os contribuintes podem ficar descansados com a solução encontrada pelo Governo para o Novo Banco, uma vez que a garantia será do Fundo de Resolução e não do Estado, disse Marcelo Rebelo de Sousa.