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Moody's prevê impacto "modesto" da crise bancária nos EUA nos bancos das economias emergentes

O relatório da Moody's centra-se nos bancos dos maiores países emergentes do G20, designadamente Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia.

17 de Março de 2023 às 11:48
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A Moody's espera que o impacto negativo direto do colapso de bancos norte-americanos nos últimos dias nos homólogos das maiores economias emergentes seja "modesto", devendo-se manifestar-se principalmente através de efeitos de segunda ordem.

Num relatório divulgado esta sexta-feira, a Moody's refere que o impacto deverá manifestar-se principalmente através de efeitos tais como a volatilidade em ativos financeiros nacionais e moedas, bem como condições de financiamento e crédito mais rigorosas.

"Embora a situação nos mercados de capitais globais permaneça altamente volátil e imprevisível, os pontos fortes dos fundos estruturais e os amortecedores de liquidez ajudarão a proteger os bancos dos maiores países emergentes de desenvolvimentos inesperados", refere a Moody's.

O relatório da Moody's centra-se nos bancos dos maiores países emergentes do G20, designadamente Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul e Turquia.

A agência de rating indica que "a maioria dos bancos avaliados nos EM do G20 não têm qualquer exposição aos bancos americanos em dificuldades, e algumas instituições têm exposições insignificantes". Alguns bancos têm pequenas filiais ou agências nos EUA, afirma a Moody's, adiantando que, "no entanto, estas operações não são nem materiais nem estratégicas para os seus grupos-mãe".

A crise bancária nos Estados Unidos surgiu depois do Silicon Valley Bank (SVB) anunciar a falência em 10 de março e o Signature Bank ter sido encerrado pelos reguladores norte-americanos em 12 de março.

Contudo, aparentemente a crise foi estancada com o anúncio da Reserva Federal dos EUA (Fed) de disponibilizar "financiamento adicional" aos bancos norte-americanos para ajudar a garantir que as instituições tenham capacidade para satisfazer as necessidades "de todos os seus depositantes".
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