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Montepio encaixa 26 milhões com venda de ativo que herdou do empréstimo ao GES

Em 2017 a posição do Montepio na Monteiro Aranha estava avaliada em 68 milhões de euros. Foi agora alienada por menos de metade deste valor.

O Banco Montepio, liderado por Pedro Leitão, passou de lucros a prejuízos em 2020.
DR
12 de Março de 2021 às 18:09
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A Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) concedeu um empréstimo ao Grupo Espírito Santo no primeiro semestre de 2014, altura em que a holding que controlava o Banco Espírito Santo já estava em dificuldades financeiras.

 

O GES não reembolsou o Banco Montepio, que em troca ficou com ativos da holding da família Espírito Santo. Um desses ativos foi a participação de 10,3% no capital da brasileira Monteiro Aranha, que em 2017 estava avaliada em 68 milhões de euros, tal como escreveu no Negócios nessa altura.

 

Esta sexta a CEMG anunciou a venda desta participação, no âmbito de uma oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre a Monteiro Aranha, o que permitiu ao Montepio um encaixe bruto de 177 milhões de reais (26 milhões de euros). Ou seja, um valor que corresponde à desvalorização de mais de 50% deste ativo.

 

Esta venda tem um "impacto estimado favorável de 3 pontos base nos rácios de capital do Banco Montepio" no final de 2020 . "A concretização desta operação materializa a estratégia do Banco Montepio de contínua redução de ativos não estratégicos e constitui uma das medidas de aumento dos rácios de capital conforme previsto no Plano de Financiamento e Capital", refere o comunicado.

 

O grupo brasileiro Monteiro Aranha tem interesses no sector imobiliário, na área petroquímica e na indústria do papel. Foi sócio do BES quando o banco de Ricardo Salgado comprou o controlo do banco brasileiro Boavista Inter-Atlântico, em 1997. Três anos mais tarde, esta instituição foi vendida ao Bradesco, de que o BES e a Monteiro Aranha passaram a ser accionistas.

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