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Montepio: Derrotados destacam perda de maioria absoluta de Tomás Correia

António Tomás Correia venceu as eleições da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), à frente da lista A, com 43,2% dos votos. A lista C, encabeçada por António Godinho, ficou em segundo lugar, com 36,3% dos votos, e a lista B, de Fernando Ribeiro Mendes, em terceiro, com 20,5% dos votos.

08 de Dezembro de 2018 às 16:00
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Os candidatos às eleições da Associação Mutualista já reagiram aos resultados conhecidos esta madrugada. Tomás Correia venceu as eleições, mas com maioria relativa, destacam os candidatos derrotados. Ribeiro Mendes e António Godinho aproveitaram também os seus comunicados para falar de irregularidades que identificaram no processo eleitoral. Já Tomás Correia sublinhou que os "associados são soberanos".


"A participação dos associados registou uma das taxas mais baixas de sempre, de menos de 10% do corpo eleitoral, o que constitui manifestação incontornável da desconfiança que está instalada no Montepio e sintoma claro do anquilosamento do sistema de governo da mutualidade", começa por dizer Ribeiro Mendes. Em comunicado, o candidato da Lista B frisou ainda que "a lista vencedora das eleições obteve maioria relativa que sinaliza a extensão do sentimento de rejeição da actual liderança, partilhado pela esmagadora maioria dos votantes".



Ribeiro Mendes criticou o clima que marcou o processo eleitoral, falando de uma campanha "em condições extremamente difíceis, marcadas por decisões controversas impostas pela maioria afecta à Lista A na Comissão Eleitoral, dificultando o esclarecimento dos associados, o que muito terá contribuído para um aumento da abstenção, com óbvio prejuízo para a Associação".


Já António Godinho, candidato da Lista C, afirmou ser "verdadeiramente extraordinário, tendo em conta todas as condicionantes conhecidas do processo eleitoral, o resultado obtido pela Lista C, que ficou apenas a 6,8 pontos percentuais da lista de Tomás Correia".


"Estas eleições não foram nem justas, nem democráticas; entre as várias irregularidades, avultam o facto de a comissão eleitoral ser composta maioritariamente por membros da Lista A, que tomou todas as decisões favoráveis à incumbente, rejeitando as propostas que visavam uma efectiva fiscalização do acto eleitoral; e a autenticação das assinaturas dos votos por correspondência não cumpre a legislação em vigor, designadamente o novo código mutualista", frisou.


Tal como Ribeiro Mendes, sublinhou "o facto de pela primeira vez a Lista A ter tido menos votos do que a soma dos votos das listas opositoras: isto quer dizer que Tomás Correia já não conta com o apoio expresso eleitoralmente da maioria dos associados da AMMG e deveria tirar consequências desse facto".


Já Tomás Correia, candidato da Lista A, e vencedor das eleições, sublinhou, no seu comunicado que "os associados são soberanos". "Ao longo das últimas semanas, a Associação Mutualista Montepio colheu o interesse dos portugueses, e hoje a sua história, o seu papel na sociedade portuguesa, a sua importância para as pessoas e as famílias portuguesas, estão mais presentes do que nunca", afirmou para lembrar que "a exposição mediática a que a Associação Mutualista Montepio tem vindo a ser sujeita nem sempre tem sido pelas melhores razões".


"Pela frente, espera-nos um mandato muito exigente, que apela à responsabilidade por que sempre nos pautámos, e que a candidatura institucional sempre levou muito a sério", concluiu.

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