"Existem inquéritos em curso relacionados com esta matéria e que são até anteriores às notícias das últimas semanas", afirmou a Procuradoria-Geral da República (PGR), em declarações enviadas por escrito ao Negócios, confirmando a notícia avançada pela Reuters. O Ministério Público confirma assim que está a investigar o GES há algum tempo e que tem estado atento à situação do grupo.

De acordo com a PGR, "o Ministério Público (MP), tal como tem vindo a informar, acompanha a situação, coligindo, desde a primeira hora, todos os elementos que têm vindo a público e analisado a eventual relevância penal dos mesmos".

A PGR sublinha ainda que o MP "tem levado a cabo todas as diligências que se mostram pertinentes à descoberta da verdade e não deixará de continuar a fazê-lo".

"No âmbito dessas diligências, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) vem mantendo contactos com as entidades reguladoras, não tendo, até ao momento, recebido quaisquer denúncias de particulares que se considerem lesados", acrescenta, em comunicado, a Procuradoria-Geral da República. 

Em Novembro do ano passado, procuradores do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa fizeram buscas à sede do BES. Nessa ocasião, Amílcar Morais Pires, que foi a primeira escolha para suceder a Ricardo Salgado, e José Maria Ricciardi, líder do BESI, foram constituídos arguidos.

Entretanto, em Maio, o Ministério Público já havia anunciado a intenção de investigar o grupo Espírito Santo depois de descobertas irregularidades na Espírito Santo International, sediada no Luxemburgo.

(Notícia actualizada às 19h29)