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Miguel Maya: "Não sou profeta da desgraça"

Miguel Maya recusa uma visão negativa sobre a evolução económica, desde que a guerra na Ucrânia termine. E não antecipa que os custos financeiros levem a um aumento do crédito malparado.

Pedro Ferreira / Cofina Media
27 de Julho de 2022 às 18:39
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O presidente do Millennium BCP diz ter "esperança que a situação dramática na Ucrânia se resolva" e recusa ser um "profeta da desgraça".

Na apresentação de resultados do banco nos primeiros seis meses do ano (período em que lucrou 74,5 milhões de euros), Miguel Maya disse que "temos tido bons sinais, a economia europeia continua a crescer a bom ritmo, e em Portugal o turismo continua a ser um motor importante".

Maya coloca também de parte que o aumento dos custos financeiros (por causa do aumento das taxas de juro do BCE) leve a um aumento do malparado: "Não perspetivo nos próximos dois anos nenhuma subida dos Non-Performing Loans com base no aumento dos custos financeiros", afirmou.

Mas isso não significa que essa subida não possa acontecer por outros motivos: "outra coisa é os custos de energia, que podem colocar fora do mercado empresas viáveis , saudáveis e bem dirigidas", salientou.

"Impostos caídos do céu? Para nós não tem havido outra coisa"

Desafiado a comentar a hipótese de Portugal avançar para uma taxa sobre impostos inesperados das empresas, Maya disse que se há coisa que o banco conhece são "impostos caídos do céu. Para nós não tem havido outra coisa".

O CEO realçou que apesar da melhoria dos resultados, a rendibilidade de capital estyá abaixo de 3%. "Não sei o que são proveitos caídos do céu", afirmou, recordando também que "quando o BCP pediu ajuda ao Estado pagou 10%".

Maya aproveitou ainda para insistir nas críticas às contribuições do setor bancário. O BCP pagou cerca de 60 milhões de euros, um "fardo insuportável" e que "mina a concorrência". "No caso do BCP quase um trimestre por ano é utilizado em benefício dos outros e não em nosso benefício", salientou.
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