Notícia
BCP multiplica lucros por seis e atinge 74,5 milhões de euros nos primeiros seis meses
Millennium melhorou os 12,3 milhões obtidos no mesmo período de 2021 mas continua a sofrer efeitos negativos com origem no banco que detém na Polónia.
O Millennium BCP registou um lucro de 74,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2022, multiplicando por mais de seis o resultado de 12,3 milhões de euros obtido no mesmo período do ano passado.
A margem financeira melhorou 28,6%, atingindo 985,2 milhões de euros, valor que compara com os 765,8 milhões obtidos no período homólogo.
As comissões renderam 387,6 milhões de euros, numa subida de 9,8%.
Os custos operacionais desceram de 590,1 para 516,2 milhões de euros (menos 12,5%).
O rácio de exposição a ativos sem desempenho (Non-Performing Exposure) caiu 500 milhões de euros, de 3 para 2,5%, com o crédito malparado há mais de 90 dias a reduzir de 2,5% para 1,5%.
O rácio de capital total foi de 15,3% e o rácio CET1 atingiu 11,3%, ambos acima dos requisitos regulatórios.
Em Portugal, o Millennium obteve um resultado líquido de 174 5 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 63,1% face ao primeiro semestre de 2021.
O resultado líquido de 74,5 milhões de euros inclui efeitos extraordinários relacionados com o Bank Millennium (instituição financeira controlada pelo banco português) incluindo encargos de 257,8 milhões de euros "associados à carteira de créditos hipotecários" em francos suíços, para além da "contribuição de 54,3 milhões para o Fundo de Proteção Institucional, e do registo de imparidades do Bank Millennium de 102,3 milhões.
Ainda assim, a instituição financeira polaca melhorou o contributo negativo para o resultado global: subiu de 110,3 milhões de euros negativos para 56,6 milhões de euros negativos.
Na apresentação de resultados, Miguel Maya disse no entanto que acredita no sucesso da instituição: "o banco na Polónia tem capacidade de gerar resultados", afirmou, explicando que "se não fosse o IPS [contribuição obrigatória na Polónia] já teria apresentado resultados agora".
"São", explicou, "situações cíclicas, temos de estar preparados para elas e não baixar os braços. Temos de encontrar soluções", enfatizou.
A instituição financeira liderada por Miguel Maya continua assim a ser prejudicada pelos resultados do banco que controla na Polónia, devido a empréstimos em francos suíços concedidos em 2008. A valorização da moeda helvética no mercado cambial provocou dificuldades aos titulares desses créditos, e em 2019 o Tribunal de Justiça Europeu determinou que os clientes têm o direito de pedir a conversão dos empréstimos para a moeda local, o que levou o Bank Millennium a constituir provisões, degradando os resultados que consolidam no grupo português.
Nesta terça-feira o Bank Millennium, anunciou prejuízos de cerca de 56,6 milhões de euros entre janeiro e junho, que mais uma vez justificou com as provisões decorrentes destes empréstimos. Em comunicado, a insitituição polaca afirma que os resultados foram influenciados "por provisões para riscos legais relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominada em moeda estrangeira".
No conjunto de 2021, o BCP lucrou 138,1 milhões de euros, menos 24,6% do que os 183 milhões registados em 2020.
A margem financeira melhorou 28,6%, atingindo 985,2 milhões de euros, valor que compara com os 765,8 milhões obtidos no período homólogo.
Os custos operacionais desceram de 590,1 para 516,2 milhões de euros (menos 12,5%).
O rácio de exposição a ativos sem desempenho (Non-Performing Exposure) caiu 500 milhões de euros, de 3 para 2,5%, com o crédito malparado há mais de 90 dias a reduzir de 2,5% para 1,5%.
O rácio de capital total foi de 15,3% e o rácio CET1 atingiu 11,3%, ambos acima dos requisitos regulatórios.
Em Portugal, o Millennium obteve um resultado líquido de 174 5 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 63,1% face ao primeiro semestre de 2021.
O resultado líquido de 74,5 milhões de euros inclui efeitos extraordinários relacionados com o Bank Millennium (instituição financeira controlada pelo banco português) incluindo encargos de 257,8 milhões de euros "associados à carteira de créditos hipotecários" em francos suíços, para além da "contribuição de 54,3 milhões para o Fundo de Proteção Institucional, e do registo de imparidades do Bank Millennium de 102,3 milhões.
Ainda assim, a instituição financeira polaca melhorou o contributo negativo para o resultado global: subiu de 110,3 milhões de euros negativos para 56,6 milhões de euros negativos.
Na apresentação de resultados, Miguel Maya disse no entanto que acredita no sucesso da instituição: "o banco na Polónia tem capacidade de gerar resultados", afirmou, explicando que "se não fosse o IPS [contribuição obrigatória na Polónia] já teria apresentado resultados agora".
"São", explicou, "situações cíclicas, temos de estar preparados para elas e não baixar os braços. Temos de encontrar soluções", enfatizou.
A instituição financeira liderada por Miguel Maya continua assim a ser prejudicada pelos resultados do banco que controla na Polónia, devido a empréstimos em francos suíços concedidos em 2008. A valorização da moeda helvética no mercado cambial provocou dificuldades aos titulares desses créditos, e em 2019 o Tribunal de Justiça Europeu determinou que os clientes têm o direito de pedir a conversão dos empréstimos para a moeda local, o que levou o Bank Millennium a constituir provisões, degradando os resultados que consolidam no grupo português.
Nesta terça-feira o Bank Millennium, anunciou prejuízos de cerca de 56,6 milhões de euros entre janeiro e junho, que mais uma vez justificou com as provisões decorrentes destes empréstimos. Em comunicado, a insitituição polaca afirma que os resultados foram influenciados "por provisões para riscos legais relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominada em moeda estrangeira".
No conjunto de 2021, o BCP lucrou 138,1 milhões de euros, menos 24,6% do que os 183 milhões registados em 2020.