Notícia
Miguel Maya: Investimento imobiliário será um dos "prováveis vencedores" da crise
O presidente executivo do BCP, Miguel Maya, destacou hoje o setor do imobiliário residencial como um dos "prováveis vencedores" da crise resultante da pandemia, considerando que o investimento na habitação permanece "prioritário".
08 de Setembro de 2020 às 14:40
"Nem todos os setores estão a sentir a crise da mesma forma, porque as atuações empreendidas e a empreender vão posicionar alguns setores como prováveis vencedores. Um deles pode ser claramente no setor de investimento imobiliário", afirmou o líder do BCP durante a "I Conferência da Promoção Imobiliária em Portugal", promovida 'online' pela Associação Portuguesa dos Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), com coorganização da Vida Imobiliária.
Segundo Miguel Maya, a pandemia "não está a ter um efeito negativo no preço do imobiliário residencial, nem em Portugal, nem ao nível do mercado europeu e norte-americano", sendo que "o crédito à habitação abrandou, mas a procura não se evaporou", porque "as pessoas têm a noção de que a crise resulta da pandemia e têm perspetivas de forte retoma económica após a vacina".
"As previsões relativas à evolução do produto e do emprego levam a que o investimento na habitação permaneça como prioritário", sustentou, considerando que "a oferta em Portugal continua a não ser excessiva, pelo que não se perspetiva um ajustamento estrutural em baixa ao nível dos preços".
"Os preços subiram nos últimos anos, mas foi sobretudo o efeito da recuperação da crise anterior. Não subscrevo a tese da existência de uma bolha transversal no imobiliário em Portugal", acrescentou.
Adicionalmente, disse, "as taxas de juro muito baixas, por um horizonte temporal mais dilatado, estimulam a canalização da poupança para o investimento, com destaque para o investimento imobiliário".
Já relativamente aos espaços comerciais e aos escritórios, Miguel Maya confessou-se "mais conservador" e "menos entusiasta": "Esta crise funciona como um acelerador de tendências e assistimos a um forte aumento das interações digitais e, provavelmente, também a modelos de trabalho diferentes do passado, com maior componente de teletrabalho e com localizações físicas mais disseminadas", explicou.
Segundo o presidente do BCP, em alta estarão também os investimentos em infraestruturas e de suporte logístico, já que "os apoios na área da transição e eficiência energética vão estimular o investimento imobiliário".
"Os projetos de reabilitação que privilegiem a sustentabilidade ambiental têm uma oportunidade acrescida e são elegíveis para condições de financiamento mais favoráveis. E continuaremos interessados, asseguro-vos, em analisar e apoiar os clientes que nos apresentem projetos imobiliários viáveis, com estruturas de capitais próprios adequadas", sustentou.
Na opinião de Miguel Maya, "grandes perturbações, como é o caso das pandemias, têm historicamente implicações duradouras ao nível dos comportamentos", condicionando, mas não eliminando, o investimento, o consumo e a tomada de risco.
"O importante é perceber a nova dinâmica, tantas vezes referida como a nova normalidade. E o setor de investimento imobiliário tem seguramente múltiplas oportunidades nos próximos anos", rematou.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Segundo Miguel Maya, a pandemia "não está a ter um efeito negativo no preço do imobiliário residencial, nem em Portugal, nem ao nível do mercado europeu e norte-americano", sendo que "o crédito à habitação abrandou, mas a procura não se evaporou", porque "as pessoas têm a noção de que a crise resulta da pandemia e têm perspetivas de forte retoma económica após a vacina".
"Os preços subiram nos últimos anos, mas foi sobretudo o efeito da recuperação da crise anterior. Não subscrevo a tese da existência de uma bolha transversal no imobiliário em Portugal", acrescentou.
Adicionalmente, disse, "as taxas de juro muito baixas, por um horizonte temporal mais dilatado, estimulam a canalização da poupança para o investimento, com destaque para o investimento imobiliário".
Já relativamente aos espaços comerciais e aos escritórios, Miguel Maya confessou-se "mais conservador" e "menos entusiasta": "Esta crise funciona como um acelerador de tendências e assistimos a um forte aumento das interações digitais e, provavelmente, também a modelos de trabalho diferentes do passado, com maior componente de teletrabalho e com localizações físicas mais disseminadas", explicou.
Segundo o presidente do BCP, em alta estarão também os investimentos em infraestruturas e de suporte logístico, já que "os apoios na área da transição e eficiência energética vão estimular o investimento imobiliário".
"Os projetos de reabilitação que privilegiem a sustentabilidade ambiental têm uma oportunidade acrescida e são elegíveis para condições de financiamento mais favoráveis. E continuaremos interessados, asseguro-vos, em analisar e apoiar os clientes que nos apresentem projetos imobiliários viáveis, com estruturas de capitais próprios adequadas", sustentou.
Na opinião de Miguel Maya, "grandes perturbações, como é o caso das pandemias, têm historicamente implicações duradouras ao nível dos comportamentos", condicionando, mas não eliminando, o investimento, o consumo e a tomada de risco.
"O importante é perceber a nova dinâmica, tantas vezes referida como a nova normalidade. E o setor de investimento imobiliário tem seguramente múltiplas oportunidades nos próximos anos", rematou.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.843 pessoas das 60.507 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.