A Comissão Europeia (CE) confirmou esta quarta-feira, 24 de Agosto, que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) pode ascender a 4,6 mil milhões de euros, dos quais apenas 2,7 mil milhões poderão ser realizados através de injecção directa do Estado.

"A CGD comprometeu-se em angariar um total de mil milhões de euros em dívida subordinada, através de investidores privados", revela fonte oficial da Comissão. "O Estado português vai injectar até 2,7 mil milhões de euros na CGD, transferir acções da ParCaixa [detida em 51% pelo banco e em 49% pela Parpública] para a CGD e converter os 900 milhões de euros" que foram emprestados através de CoCos – capital convertível – em acções, adianta. Estes valores confirmam a notícia avançada pelo Público. 

As Finanças especificam que a transferência de acções da ParCaixa será "no valor de 500 milhões de euros".

Quando à emissão de dívida, o Ministério adianta que o banco "deverá ainda realizar uma emissão de instrumentos de dívida com elevado grau de subordinação, de cerca de 1.000 milhões de euros, elegível para efeitos de cumprimento dos rácios de capital regulatório. Tal emissão ocorrerá junto de investidores privados", mas "não será convertível em acções da CGD, assegurando-se a manutenção da CGD como um banco integralmente público."

A recapitalização do banco estatal ascenderá assim a 4,6 mil milhões de euros, depois de contabilizadas todas as operações.

Os comunicados de Bruxelas e do Ministério das Finanças adiantam ainda que o acordo inclui "um plano alargado para a CGD", nomeadamente no que respeita a corte de custo e a melhoria de eficiência. Mas nenhum diz o que é que está em causa.