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Marcelo? "Acolhemos as palavras e vamos ver se há algo mais que possamos fazer"

CEO do BCP garante que escuta com atenção as preocupações do Presidente da República.

Sérgio Lemos
15 de Maio de 2023 às 17:56
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"Acolhemos essas palavras e vamos ver se há algo mais que o banco possa fazer". É desta forma que o presidente executivo do BCP reage ao apelo de Marcelo Rebelo de Sousa, que pediu consciência por parte do sistema financeiro.

"São palavras de uma pessoa que tem uma preocupação genuína com os portugueses e está preocupado com o aumento das taxas de juro e o [respetivo] impacto das famíilas", continuou Miguel Maya, garantindo que o banco "escuta sempre com muita atenção" as palavras do chefe de Estado.

Desafiado a comentar o ambiente político que o país vive, Maya disse que está "habituado a que quando o ambiente político aparece com casos e casinhos, o foco passe para os banqueiros".

"O discurso dominante é se a banca paga ou não paga", apontou o CEO, explicando que "no passado houve a tentação de dirigir o holofote para os bancos, mas temos de separar o passado do presente e futuro".

Maya separou, no entanto, o papel de MArcelo: "O Presidente da República não está metido nos casos e casinhos", esclareceu. 

BCP reestruturou 6.500 créditos


Entre janeiro e março, o BCP reestruturou 6.500 contratos de crédito à habitação, informou o presidente executivo da instituição financeira. "Destes, 650 foram ao abrigo do diploma", acrescentou.

Depois do CEO da Caixa ter afirmado que o banco público está a estudar forma de lidar com as famílias que entram em dificuldades no pagamento das prestações dos empréstimos para comprar casa, Maya afirmou que o Millennium "não tem cartas na manga". 

Maya garantiu que "quando se perspetivou o aumento das taxas de juro não ficámos à espera do diploma", tendo começado de imediato a procurar soluções. 

"A nossa preocupação com os clientes é nossa, não é de terceiros", garantiu, acrescentando que "este não é um jogo de soma nula: se o cliente ganha, nós ganhamos".
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