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Macedo queixa-se de políticos que empurram CGD para "arena política"

O presidente da Caixa garante que não teve "qualquer pressão do Governo" sobre o fecho de balcões. Paulo Macedo assegura que os clientes de Almeida têm alternativas à agência.

Miguel Baltazar/Negócios
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Paulo Macedo consiga que há personalidades políticas que, "todos os dias", tentam levar a Caixa Geral de Depósitos para a discussão política. "Todos os dias, o que vemos é diferentes actores políticos a arrastar a Caixa para a arena política", começou por frisar o líder executivo do banco público na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre.

 

"Vemos diferentes partidos, autarcas, todos os dias, a quererem pôr a Caixa Geral de Depósitos na arena política. Não está, não deve estar, porque a sua principal responsabilidade é para com os seus depositantes", frisou Paulo Macedo, ao apresentar um prejuízo de 39 milhões de euros nos primeiros três meses do ano.

 

Sobre as questões relativas ao fecho de balcões – que fez questão de desvalorizar por dizer que não eram relativos aos resultados –, Macedo assegurou não ter tido "qualquer pressão" para não encerrar agências.

 

"A CGD não recebeu um pedido por parte do Governo para qualquer análise ou para ter cuidado. Não teve qualquer pressão do Governo", garantiu.

 

Almeida tem alternativas 


O presidente da Caixa declarou ter falado com 13 autarcas apenas após o anúncio de quais as agências que seriam fechadas no âmbito do plano de reestruturação que está em curso. Um deles foi o presidente de Almeida, que após um acordo inicial, voltou atrás nas negociações com o banco.

 

Em relação a Almeida, o balcão que a CGD quer encerrar na Guarda e que tem contado com oposição autárquica e popular, Paulo Macedo afiançou que "qualquer cidadão pode levantar a sua pensão ou qualquer outro valor no concelho de Almeida, seja em Almeida, seja em Vilar Formoso, através da caderneta". "Três quartos das transacções são actualizações da caderneta", revelou, assegurando que "ninguém fica sem acesso à sua conta".

 

"A Caixa quer ter este serviço, quer manter estes clientes e acha que tem os instrumentos suficientes", concluiu Paulo Macedo sobre este balcão. 

 

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