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Lucros do Bankinter sobem 21% para 430 milhões de euros no terceiro trimestre

Em Portugal, o resultado antes de impostos do Bankinter cresceu 33%, alcançando os 54 milhões de euros.

O banco espanhol Bankinter foi o que teve mais queixas dos clientes bancários no segmento do crédito aos consumidores. O banco apresenta 1,81 reclamações por cada 1.000 contratos de crédito aos consumidores, no primeiro semestre do ano.
20 de Outubro de 2022 às 09:46
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O resultado líquido do Bankinter aumentou 21,2% em termos homólogos, no terceiro trimestre, para 430,1 milhões de euros. "Por sua vez, o resultado antes de impostos da atividade bancária foi de 601,6 milhões de euros", um crescimento de 35,9% face ao mesmo período do ano passado, revela a instituição financeira em comunicado.

 

Além disso, os ativos totais do grupo crescem no final do terceiro trimestre até aos 110.498,7 milhões de euros, sendo este valor 7,8% superior ao registado há um ano.

A carteira de crédito cresceu 10,3% para 72.871,1 milhões de euros. Colocando o foco apenas em Espanha, a carteira cresce um pouco menos: 6,7%. Relativamente aos recursos de clientes de retalho, somam um total de 76.309,6 milhões de euros.

 

Já a margem de lucros acumulada subiu 11,6% para nos 1.065,5 milhões de euros, o que segundo o Bankinter, "reflete uma melhoria da margem de clientes, e com valores que estão muito acima dos trimestres anteriores".

 

Quanto à margem bruta, o banco fecha este período nos 1.517,7 milhões de euros, o que representa um crescimento de 6,7% face há um ano. Do total de receitas, 70% corresponde à margem de juros e 30% às comissões. Estas comissões, ou seja, as receitas pelas diferentes atividades que o banco realiza, somam no acumulado dos primeiros nove meses do ano 452 milhões de euros, mais 2% do que no mesmo período do ano passado.

 

Os negócios que mais contribuíram para estas comissões foram a gestão de ativos (149 milhões de euros), a atividade de cobranças e pagamentos (120 milhões de euros), o negócio dos valores mobiliários (85 milhões de euros) e as diferenças cambiais (70 milhões de euros).

 

Em termos de rácio e indicadores, o ROE (rentabilidade sobre capitais próprios), situou-se nos 11,6% e o ROTE em 12,3%. Quanto à solvência, o rácio de capital CET1 fully loaded alcançou os 11,90%, "superando muito folgadamente o requisito mínimo exigido pelo Banco Central Europeu (BCE) para uma entidade com o nível de risco e o tipo de atividade do Bankinter, que é de 7,726%", refere o banco.

 

Paralelamente, "o banco mantém o seu nível de morosidade muito abaixo da média do setor, com um rácio de 2,10% que é inclusivamente inferior ao dos trimestres anteriores e que está 30 pontos base abaixo do de há um ano. Não obstante, o Bankinter continuou a reforçar de forma prudente a cobertura dessa morosidade até aos 65,1% face aos 62,8% de há um ano", garante a instituição.

 

O rácio de eficiência situa-se nos 43,16% face aos 43,87% registados no ano passado. Relativamente ao Bankinter Espanha nos últimos 12 meses, esse rácio é de 41,8%

 

Quanto à liquidez, o Bankinter conta "com um gap comercial negativo, o que significa dispor de um volume maior de depósitos de clientes do que de créditos, com um rácio de 106,1% que é inferior em apenas dois pontos-base ao de há um ano".

 

Entre as várias geografias onde está presente, a operação do banco de Portugal cresceu durante este período, onde "tanto o crédito como os recursos de clientes crescem a dois dígitos", assegura.

 

A carteira de crédito, incluindo Banca Comercial e Banca de Empresas, alcançou os 7.700 milhões de euros, mais 13% do que em setembro do ano passado. Quanto aos recursos de clientes, o crescimento é de 12%, até aos 6.300 milhões de euros.

 

"Relativamente às rubricas da conta de resultados, todas registam melhorias importantes: mais 21% na margem de juros; mais 16% na margem bruta; e um resultado antes de provisões 30% superior ao de há um ano. Desta forma, o resultado antes de impostos do Bankinter Portugal cresce 33%, alcançando os 54 milhões de euros", refere o banco.

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