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Lucro do Santander dispara 58% para 294 milhões no primeiro trimestre

Resultado do primeiro trimestre compara com os 186 milhões de euros registados pelo Totta no período homólogo. Margem financeira aumentou quase 65%. Quadro de pessoal diminuiu em quase 100 trabalhadores.

Pedro Castro e a Almeida, CEO do Santander em Portugal
Bruno Colaço
Hugo Neutel hugoneutel@negocios.pt 30 de Abril de 2024 às 09:35
O Santander registou um lucro de 294,4 milhões de euros no final do primeiro trimestre de 2024. O resultado líquido alcançado pela instituição financeira é 58,4% superior aos 185,9 milhões obtidos no final do período homólogo, beneficiando do disparo de quase 65% da margem financeira.

A carteira de crédito cresceu, enquanto a de depósitos recuou. O volume de empréstimos no final de março era de 46,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 9,6% face ao final do primeiro trimestre de 2023. No entanto, o crédito hipotecário reduziu-se em 1,5%, enquanto o crédito ao consumo ficou quase inalterado. 

O crédito malparado (medido no rácio NPE, sigla para a expressão inglesa "Non-Pergorming Exposures") desceu de 2,1% para 1,8%. 

Já os recursos de clientes ascenderam a 43,8 mil milhões de euros, tendo recuado 2,3% face ao mesmo período de 2023, uma queda "largamente explicada pelo comportamento dos depósitos, mas que foi compensada pela diversificação das poupanças para recursos fora de balanço, os quais cresceram 10,1% neste período", explica a instituição liderada por Pedro Castro e Almeida.

Margem dispara 64,6%


O banco continuou a beneficiar do aumento da margem financeira, que subiu 64,6%, atingindo 440,6 milhões de euros."A evolução desta componente reflete, na quase totalidade, a evolução das taxas de juro de mercado, que permitiu um crescimento face ao período homólogo. A dinâmica trimestral, contudo, já refletiu, por um lado, os efeitos da subida da remuneração da base de depósitos, e, por outro, a inversão da curva de rendimentos associada às expetativas de que o Banco Central Europeu possa iniciar um novo ciclo monetário nos próximos trimestres", antecipa a instituição financeira.

O encaixe com comissões caiu ligeiramente para 120,9 milhões (menos 0,7%). A conjugação dos dois indicadores explica a subida de 39,1% do produto bancário para 567,3 milhões de euros.

Menos trabalhadores mas custos cresceram


O Totta chegou ao final de março de 2024 com menos 97 trabalhadores do que no mesmo período do ano anterior: são agora 4.580 pessoas. As 330 agências do banco são menos quatro do que no final do primeiro trimestre do ano passado.

Os custos operacionais "permaneceram praticamente estáveis face ao mesmo período de 2023 (mais 1,1%), apesar de a inflação, em especial dos serviços, permanecer ainda bastante acima de 2%", indica o banco.

Retorno de 27%


Entre março do ano passado e o mesmo mês de 2024, o RoE ("Return on Equity"), que mede o retorno acionista, ganhou 7,5 pontos percentuais, de 19,7% para 27,2%.

Já o rácio CET 1 ("Common Equity Tier 1") teve um aumento ligeiro, de 13,4% para 13,6%.
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