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Horta Osório quer distribuir 60 a 70% dos lucros do Lloyds em dividendos em 2015

António Horta Osório, presidente executivo do Lloyds, anunciou aos investidores que nos próximos três anos quer subir o valor distribuído em dividendos aos accionistas, à medida que o banco aumente a rendibilidade dos capitais dos actuais 9% para 12,5 a 14,5%.

05 de Agosto de 2013 às 12:35
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António Horta Osório, recentemente eleito o melhor banqueiro do mundo, revelou aos investidores o novo objectivo para o pagamento de dividendos do banco, segundo noticia o “Financial Times”. O presidente executivo afirmou que serão usados 60% a 70% dos lucros do Lloyds para dividendos, em 2015.

 

Este valor está muito acima do que os concorrentes no Reino Unido distribuem aos accionistas e é uma forma do banco captar mais investidores, antes de se soltar do Estado, que ainda detém 39% das acções do Lloyds, fruto do resgate ocorrido em 2008.

 

Na semana passada, o Lloyds anunciou que iria retomar os contactos com a entidade reguladora para voltar a distribuir dividendos, algo que não acontece desde 2008, devido aos prejuízos acumulados pelo banco neste período. Horta Osório estima a distribuição de um pence por acção, referente a este ano.

 

No primeiro semestre do ano, o Lloyds obteve lucros de 1.560 milhões de libras, cerca de 1.785 milhões de euros, o que compara com as perdas de 697 milhões de libras no mesmo período do ano passado.

 

O facto de ter deixado para trás os prejuízos e a perspectiva de recuperação do dividendo permitiu ao grupo superar pela primeira vez os 73,6 pence por acção desde a nacionalização, valor que é considerado pelo Estado o nível de equilíbrio para se desfazer da sua participação de 39%, ainda que o Tesouro britânico tenha revelado que o limite a partir do qual o dinheiro injectado no banco passaria a ser rentável é de 61 pence.

 

A recente prestação do banco tem alimentado a esperança de que o ministro das Finanças britânico, George Osborne, avance em breve com o processo de privatização, através da venda de um quarto dos 39% detidos pelo Estado, por cinco mil milhões de libras, cerca de 5,75 mil milhões de euros. Caso o processo não avance esta semana, ficará adiado para Setembro.

 

Se um terço da participação do Estado for vendida por mais que 61 pence por acção, ou se os títulos se mantiverem a 73,6 pence durante um prazo de 30 dias, Horta Osório receberá um bónus superior a dois milhões de libras, independentemente de quando a venda for realizada, com efeitos apenas em 2018.

 

(Notícia actualizada às 13h20)

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