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JPMorgan procura alternativa a Londres na Alemanha e na Polónia
Há representantes do JPMorgan a visitar várias cidades europeias para decidir onde instalar parte da sua actividade após o Brexit. Berlim, Varsóvia e Cracóvia estão na lista.
O banco norte-americano JPMorgan está à procura de cidades alternativas para instalar operações depois de se concretizar a saída do Reino Unido da União Europeia, afirma o jornal económico Puls Biznesu, citado pela Bloomberg.
Segundo o artigo da publicação polaca, há representantes da instituição financeira liderada por Jamie Dimon (na foto) a visitar cidades da Europa Ocidental. No caso da Polónia, Varsóvia e Cracóvia são dois exemplos mas, olhando para a Alemanha, também Berlim é referida.
A confirmação destas visitas é dada pelo responsável pelo departamento de desenvolvimento de Cracóvia, Rafael Kullczycki, que é citado na peça do Puls Biznesu a afirmar que aquela é uma das cidades que está na lista que poderá receber o centro operacional do JPMorgan na Europa.
O banco americano emprega cerca de 10 mil pessoas em Londres e poderá deslocalizar 2.500 para a cidade do centro europeu que vier a ser escolhida. Segundo o jornal, os finalistas da corrida serão escolhidas dentro de dois meses sendo que a decisão final será tomada até ao final do ano.
Esta não é uma novidade. Em Julho, o presidente Jamie Dimon, que já foi apelidado do "pior banqueiro dos EUA" pelo recém-empossado presidente Donald Trump, tinha já advertido que o Brexit significava a probabilidade de "alguns milhares" de postos de trabalho terem de sair do Reino Unido.
Esta notícia do jornal polaco surge depois de Theresa May, primeira-ministra britânica, ter referido que a saída do Reino Unido do espaço comunitário dita o fim da participação no mercado único.
São vários os países que se têm colocado na fila para receber as sedes de empresas actualmente sediadas no Reino Unido. Um dos exemplos é Espanha onde o regulador dos mercados, a CNMV, se mostra disponível "para dar as boas-vindas às instituições financeiras sediadas no Reino Unido que desejem localizar as suas operações em Espanha, na sequência do Brexit".