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JPMorgan já não está sozinho no lugar de banco mais importante do mundo
Reguladores financeiros globais disseram que o JPMorgan Chase já não é o banco mais importante do mundo em riscos sistémicos e recomendaram um nível de capital mais baixo para a instituição e vários dos seus rivais.
O JPMorgan caiu uma posição no ranking anual do Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, na sigla em inglês) divulgado esta semana, e agora está ao lado do Citigroup e HSBC como um dos três bancos mais importantes do mundo. O JPMorgan, no topo da lista do FSB desde 2017, não quis comentar a mudança, que se baseou em dados do final do ano passado.
Wells Fargo e Goldman Sachs também apresentaram riscos menores para o sistema financeiro e baixaram um nível. O China Construction Bank, pelo contrário, subiu uma posição na avaliação deste ano de 30 instituições.
A lista mais recente usa informações anteriores à pandemia de covid-19, que levou bancos a reservarem dezenas de milhares de milhões de dólares para cobrir possíveis perdas com crédito, enquanto as autoridades flexibilizaram ou adiaram regras para ajudar a resposta do setor à crise. As avaliações têm como base o tamanho do banco, os negócios internacionais e as ligações com outras empresas, que são usados para avaliar o risco de contágio financeiro.
O JPMorgan, maior banco dos Estados Unidos, beneficiou da maior receita com a negociação de ações e obrigações na pandemia, o que contribuiu para um surpreendente aumento dos resultados no terceiro trimestre. As ações do JPMorgan, que afundaram juntamente com outros bancos em março, recuperaram recentemente, mas ainda acumulam uma queda de cerca de 16% desde janeiro.
Requisitos de capital
Os bancos incluídos na lista do FSB, com sede em Basileia, enfrentam requisitos de capital mais rigorosos e um exame mais minucioso da sua gestão de risco. O painel do FSB, que faz recomendações que os supervisores nacionais podem implementar, disse que as alterações no ranking refletem mudanças subjacentes na atividade dos bancos.
O FSB inclui representantes de autoridades monetárias como o Banco Central Europeu e o Banco de Inglaterra e é presidido por Randal Quarles, vice-presidente da Reserva Federal dos EUA.