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Jorge Martins e João Freixa recusam explicar porque saíram do Novo Banco

Estiveram na administração do BES liderada por Ricardo Salgado. Transitaram para a equipa de Vítor Bento do BES e, depois do Novo Banco. Saíram quando Stock da Cunha entrou. Rejeitaram explicar o porquê das saídas.

Bruno Simão/Negócios
24 de Fevereiro de 2015 às 19:24
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"As razões são pessoais, gostava de não trazer para cima da mesa. Não seria oportuno, nesta altura, dissertar sobre essa temática". Foi com estas palavras que Jorge Martins explicou porque é que não ficou no conselho de administração do Novo Banco aquando da entrada em funções de Eduardo Stock da Cunha. 

 

Jorge Martins e João Freixa, ouvidos em conjunto na comissão parlamentar, não prestaram mais declarações sobre o tema, tendo o primeiro pedido ao presidente do inquérito Fernando Negrão para não falar do assunto por ser de cariz pessoal. Dizem, ainda assim, que o abandono dos cargos foi uma decisão dos próprios. 

 

Já no fim da audição, ambos frisaram expressamente que a saída dos cargos em nada se deveu a desentendimentos devido à entrada em funções da nova equipa, até porque foram convidados para continuar como consultores.

 

Ambos estavam na equipa de administração do BES liderada por Ricardo Salgado, sendo que ficaram no conselho mesmo quando Vítor Bento, em Julho de 2014, substituiu o banqueiro. No final de Julho, foram os dois membros executivos do banco que permaneceram na instituição depois de apresentados os prejuízos históricos, já que, nessa altura, Rui Silveira, Joaquim Goes e António Souto foram suspensos de funções por exercerem funções nas áreas de "compliance" (controlo do cumprimento), risco e auditoria, não tendo impedido a situação do banco.

 

Jorge Martins e João Freixa também se mantiveram na equipa de Bento, após a resolução, no Novo Banco. Contudo, abandonaram a instituição quando Stock da Cunha entrou. Sabe-se que Vítor Bento, Moreira Rato e José Honório abandonaram o herdeiro dos activos e passivos considerados saudáveis do BES por não concordaram com a sua venda rápida, como pretendia o Banco de Portugal.

 

No entanto, Martins e Freixa não deram explicações sobre os motivos que levaram às suas saídas. Para além das referidas palavras, ambos disseram na intervenção inicial que saíram por "decisão sua". 

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