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Isabel dos Santos: “Acredito que vamos manter a participação estratégica no BCP”

Em entrevista à Reuters, a líder da petrolífera angolana usou o exemplo da presença no banco português para ilustrar como deverá continuar a ser a relação com Portugal: de "reforço e continuidade".

Ampe Rogério/Novo Jornal
19 de Outubro de 2017 às 07:00
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A presidente da Sonangol acredita que a posição da petrolífera angolana no BCP é para manter e espera por alterações na administração do banco para que o accionista que representa possa apresentar as suas prioridades para potenciais investimentos do banco português em activos na Europa.

"A posição da Sonangol foi reforçada no BCP, achamos que foi um bom investimento para nós – os números falam por si, na Sonangol já fizemos dinheiro com esse investimento, comprámos as acções a um preço mais baixo e já obtivemos retorno desse investimento - e acredito que vamos manter essa participação estratégica", afirmou Isabel dos Santos esta quarta-feira, 18 de Outubro.

Em declarações ao programa Reuters Newsmaker, a CEO da Sonangol antecipa que haverá em breve novas nomeações na administração devido à mudança accionista dentro do banco e que, uma vez concluída essa fase, será o tempo de os accionistas apresentarem a sua visão, nomeadamente sobre qual será a sua política de investimento para outros activos na Europa ou noutro sítio. A actual administração, liderada por Nuno Amado, termina o mandato este ano.

Recorde-se que, depois de acompanhar o aumento de capital, a Sonangol pediu autorização ao BCE para aumentar a sua participação no BCP para cerca de 30% no quadro da entrada da Fosun no capital do banco, uma autorização que é válida até ao fim deste ano. Se quiser aumentar a sua participação para mais de 20% - uma decisão que esperou para ser tomada na vigência do novo presidente do país, João Lourenço - tem agora cerca de dois meses para superar esse valor.

Na altura em que a Fosun entrou no capital do banco, a Sonangol reforçou ligeiramente a sua posição para 15,24%. A empresa chinesa, em resultado de um reforço recente, passou a deter 25,16%.

A propósito do impacto da investigação judicial que envolve em Portugal o antigo presidente da petrolífera, Manuel Vicente, Isabel dos Santos realçou o trabalho muito próximo da empresa com fornecedores portugueses - confiamos neles para uma série dos nossos serviços e continuamos a fazê-lo. E usa o aumento da presença no BCP como exemplo do que deverá ser a relação com Portugal: "Reforço e continuidade."
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